quarta-feira, 31 de outubro de 2012

TCU recomenda paralisação de 22 obras federais no País

O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nesta terça-feira (30) u, relatório em que recomenda ao Congresso Nacional a paralisação de 22 obras federais em curso no País. As irregularidades mais recorrentes, detectadas pelos auditores do TCU, foram superfaturamento e deficiência dos projetos. Das 22 obras, 15 são remanescentes do plano de fiscalização aprovado em 2011.

Entre as irregularidades apontadas como graves pelo Tribunal estão a duplicação da BR-116 e a implantação e a pavimentação da BR-448, ambas no Estado.

Cabe ao Congresso Nacional, agora, decidir se inclui esses empreendimentos na lista de obras a serem paralisadas pela União. Essa lista é um anexo da Lei Orçamentária Anual (LOA), que começa a ser discutido pelos parlamentares.

Todo ano, o TCU elabora uma lista de obras com recomendações de paralisação, retenção parcial de valores, recomendação de continuidade e outras irregularidades. O Fiscobras de 2012 fez, ao todo, 514 fiscalizações, a maioria no Nordeste – em razão das obras tocadas pela Petrobras. O montante fiscalizado foi de R$ 38 bilhões. Do total de auditorias, 66% se referem a obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Em 2011, o TCU listou 27 obras com proposta de paralisação, das quais apenas 5 foram incluídas pelo Congresso Nacional no quadro de bloqueio da LOA. Agora, a recomendação é de inclusão de 22 obras. Os novos empreendimentos incluídos são quatro terminais portuários no Amazonas, um trecho da BR-080 em Goiás, tubovias do Comperj e drenagem de bacia em São José do Rio Preto. Apenas uma dessas obras tem índice de execução superior a 75%.

"Nossa preocupação é não deixar que os erros se repitam, é não ver obras paralisadas", disse o ministro Aroldo Cedraz, relator do Fiscobras de 2012. A proposta foi aprovada por unanimidade pelo plenário do TCU. Segue, agora, para o Congresso.

Em algumas fiscalizações temáticas, como a construção de 6 mil ginásios de esporte e terminais fluviais, o montante a ser economizado com a correção de projetos, segundo o TCU, é de R$ 222 milhões. Outros empreendimentos foram corrigidos a tempo e não entraram na lista de obras a serem paralisadas ou com graves irregularidades. Informações da Agência O Globo.

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