sábado, 29 de junho de 2013

Taxista é morto a facadas em Porto alegre

Taxista é morto a facadas em Porto Alegre

Ninguém foi preso até o momento

29/06/2013 01h28 - Atualizado em 29/06/2013 02h23
Foto: Dani Barcellos  / Especial
Voltaire Santos - voltaire.santos@rdgaucha.com.br
@voltairesantos
Um taxista foi morto a facadas no final da noite desta sexta-feira em Porto Alegre. Segundo a Brigada Militar, Cleomar Santos da Silva, de 49 anos, foi morto no Morro Santa Teresa.
O táxi ainda colidiu em outro carro. A Polícia ainda faz buscas na região. Até o momento, ninguém foi preso.

Visite o grupo:  Atualidades Políticas do RS,  no Facebook. Bom sábado e ótimo domingo!!!

quinta-feira, 27 de junho de 2013

ANONYMOUS: AS IDEIAS POR TRÁS DA MÁSCARA DO PROTESTO

BRASIL
O Wikileaks ganhou um parceiro de peso em vazamentos de segredos na internet.
É o Anonymous, que é um grupo e também pode ser ninguém. Ele não tem rosto, mas sua
máscara virou viral nos protestos que galvanizam o país. Ele só se comunica pelo YouTube e
Facebook, está cheio de cópias falsas pelas ruas e nem mesmo se sabe se é um sujeito, um
evento ou um holograma. Tudo que se conhece dele é que imita a fisionomia de Guy Fawkes,
o herói do filme V de Vingança. Baseado num personagem real, um rebelde vingativo antimonarquista,é a inspiração do grupo de ciberativistas que quer mudar à força a política no
planeta — e no Brasil. Para uns, o Anonymous é uma organização direitista disfarçada e
preocupada em atacar a esquerda no poder e o governo Dilma em particular. É verdade que
não tem economizado em críticas à presidente brasileira. Mas os conservadores também têm
queixas: o Anonymous, para eles, é a figura do anarquismo e do caos, pregando a desordem
nas ruas e partilha de lucros de alguns empresários, como os do transporte coletivo. O certo é
que, nas passeatas, o mascarado com pseudônimo virou cult entre crianças e velhos, que
desfilam com sua face plástica e o bigodinho de mosqueteiro, e seus argumentos estão na
boca de jovens que estão indo às ruas. A figura é simpática, mas não inofensiva. Isso porque
o Anonymous bisbilhota e usa táticas de hacker, na tentativa de divulgar suas causas. O site
anonymousbrasil.com divulgou, semana passada, dados privados do governador do Rio,
Sérgio Cabral, do secretário da Segurança Pública (o gaúcho José Mariano Beltrame), do
polêmico pastor e deputado federal Marco Feliciano e dos jogadores Ronaldo Nazário e Pelé. Exibiu telefones, CPFs, listas de empresas, dados de faturamento. Em outros posts, expôs relatórios confidenciais das PMs brasileiras, incluindo e-mails pessoais de oficiais, pirateados, locais de blitze, contabilização de despesas. Quando um homem atropelou manifestantes em Ribeirão Preto, há pouco mais de uma semana, o Anonymous logo postou informações pessoais sobre ele no seu site. A tática em tudo imita o Wikileaks do proscrito Julian Assange, e o Anonymous faz questão de confirmar isso. O que é o Anonymous? Quem são seus integrantes? Zero Hora perguntou isso aos organizadores do site, mas não obteve resposta.

É certo que não se trata de um simples grupo de amadores a improvisar uma revolta via
mídias sociais. Foi em junho de 2011 que o primeiro vídeo dessa organização, com nítida
inspiração anarquista, vazou no YouTube, em meio a protestos na Europa. É coisa de
profissional, tem qualidade publicitária. Abre com uma vinheta caprichada, um globo,
sugerindo a universalidade do grupo. Logo depois vem o emblema da ONU, encimado por um ponto de interrogação. Surge finalmente na tela o protagonista, um mascarado, com voz
modulada, ao estilo locutor de rádio, masterizada e dublada no idioma do público-ouvinte:
português, quando no Brasil, ou inglês com tradução. A voz do mascarado é séria, às vezes
feminina, hipnótica, lembra algo do filme 1984 e do Grande Irmão (Big Brother) descrito por
George Orwell, aquele que controla a tudo e a todos. Mas a mensagem é o oposto disso:
prega descontrole, rebelião, ao estilo "contra tudo que está aí". O homem sem rosto e com
linguajar refinado fala que um dia acordou e decidiu lutar. Seu campo de batalha é o
ciberespaço. Seu recado é para "multidões que não têm voz, oprimidas pelos detentores de
poderes públicos e privados". Slogans que lembram os anarquistas do século 19, mas
impulsionados por tecnologia do século 21. Especialista e estudioso de mídias sociais, o
professor na Unisinos Felipe de Oliveira explica que a falta de identidade é proposital no
Anonymous, para poder realizar ações clandestinas, como a invasão de sites governamentais
ou privados. O que espanta o pesquisador é que o mascarado anônimo imprimiu sua cara
nos protestos, literalmente. Organizado dentro da internet e dali saindo para as ruas, o grupo
é sucesso de mídia (1,6 milhão de acessos numa resposta ao colunista global Arnaldo Jabor).

— É o rosto dessa mobilização, gostem ou não — diz Oliveira. Slogans não faltam ao
Anonymous. No Brasil, a organização prega um levante popular "para acabar com a farra de
imoralidade que vivemos em nosso país e em outras partes do mundo". Os ciberativistas
dizem que seus motivos são tão válidos como os da Turquia... porque o Brasil não tem
escolas em número suficiente, hospitais, postos de saúde, boas estradas, transporte. —
Enquanto isso, o governo gasta milhões com estádios de futebol e nas Olimpíadas. Importar
médicos de outros países é fácil... quero ver formar os seus e zelar para que eles não saiam
do país. Nós temos motivos, sim, para lutar. E é por muito mais que R$ 0,20 — diz o
mascarado, em um dos vídeos. Entre as causas defendidas está o apoio a que promotores
continuem investigando e a que reclama da taxação excessiva a que os brasileiros são
submetidos. — A PEC 37 (rejeitada ontem pelos deputados) é outro absurdo e terá sua vez
nos protestos. E não venha dizer que somos revoltosos de classe média. Pagamos mais
impostos que qualquer outro país do mundo e temos em retorno a pior educação e saúde...
vocês realmente achavam que essa apatia do povo seria eterna? Merecemos mais que isso.
Vamos fazer o que nossos pais não conseguiram na década de 80, vamos recriar a
democracia. E mostrar que as autoridades estão aqui para nos servir e não para nos explorar. Sua hora vai chegar — avisa o mascarado, com voz metálica.
(FONTE: ZH.COM)

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Um pouco mais de informação sobre o caminho da corrupção!!!

500 anos de corrupção
O ataque aos cofres públicos não é um fenômeno exclusivamente brasileiro, mas nos acompanha desde o dia do nosso descobrimento.
Texto de Mouzar Benedito e ilustração de Cauzi da revista Caminhos da Terra



          Foi para isso que fizemos a revolução?" Essa frase foi pronunciada em tom de desencanto por muitos militares quando começaram a pipocar casos de corrupção envolvendo gente da cúpula do governo nos anos 70 e 80. Os decepcionados eram aqueles que acreditaram que em 1964 houvera mesmo uma revolução e que ela viera não apenas para espantar o "fantasma do comunismo", mas também para acabar com a corrupção. Sentimento semelhante vem agora de gente que entrou na política justamente combatendo tanto a ditadura quanto a corrupção, militantes que se dedicaram por mais de 20 anos ao PT até conseguir colocar um ex-operário na Presidência da República.
          De novo o velho desencanto, o triste espetáculo de ocupantes de altos cargos políticos saindo de suas funções bem mais ricos do que entraram. Um fenômeno tão corriqueiro que pareceu inusitada a volta de Olívio Dutra ao emprego de bancário quando terminou seu mandato de prefeito de Porto Alegre, em 1987. Caso surpreendente num país em que boa parte dos eleitores aceita político que "rouba mas faz", em que historicamente o ataque aos cofres públicos faz parte do cotidiano, onde a sonegação de impostos por empresas é quase obrigação, e onde até a Igreja chegou a contrabandear usando santos ocos cheios de ouro e pedras preciosas.
           Uma das conclusões falsas que até parte da mídia abraça é que a corrupção é um fenômeno tipicamente brasileiro. Não é. Ela existe desde muito antes do descobrimento do Brasil e sempre esteve presente em muitas nações e em vários momentos da História. Prova de que ela não é patrimônio exclusivo nosso é uma lista divulgada pela ONG Transparência Internacional, em outubro de 2004, que traz uma espécie de ranking da roubalheira em 146 nações pesquisadas.
          A lista começa pelos países menos corruptos e caminha progressivamente para os mais desonestos, e o Brasil aparece em 59º lugar. Os primeiros são nações com alto grau de desenvolvimento humano e distribuição de renda mais equilibrada. A Finlândia encabeça a lista, como o país menos corrupto do mundo. Nos últimos lugares estão países subdesenvolvidos e com péssima distribuição de renda, como Haiti e Bangladesh.
 
Na carta ao rei, Pero Vaz de Caminha aproveita para pedir a volta a Portugal de seu genro, degredado na África por ter roubado uma igreja e espancado o padre.
          Fica claro que o subdesenvolvimento é um dos fatores importantes para o aumento da corrupção. Países subdesenvolvidos, além do tradicional abuso de poder e outros quesitos, têm fatores institucionais que favorecem a prática, como o excesso de regulamentações. A profusão de leis dá oportunidade para o surgimento de pessoas espertas que se tornam especialistas em decifrá-las e intermediar processos e ações. São pessoas que conhecem o caminho das pedras, sabem quem decide e como manipular as decisões. Esse emaranhado de leis, muito apreciado por certos políticos, traz embutido o velho método de criar dificuldades para vender facilidades.
          Uma corrente de historiadores acredita que a corrupção no Brasil está associada ao emprego de degredados na nossa colonização inicial. No século 16, pessoas que cometeram crimes em Portugal eram condenadas a cumprir suas penas aqui, forma utilizada para povoar com portugueses o Brasil e outras colônias lusitanas. De fato, só com Tomé de Souza, primeiro governador-geral do Brasil, vieram 400 degredados. 
          A maioria dos pesquisadores, porém, discorda da afamada periculosidade dos degredados, já que, dado o interesse em mandar muita gente para cá, qualquer pequeno delito era motivo para o degredo. Cerca de 200 crimes eram punidos com o degredo, inclusive o adultério e a cafetinagem. No livro Vadios e Ciganos, Heréticos e Bruxas: os Degredados do Brasil-Colônia, o historiador Geraldo Pieroni afirma que o nascimento do nosso país deveu-se a esses degredados por delitos de ordem religiosa ou moral sem nenhum problema de conduta.
Segundo historiadores, o império que nos descobriu já carregava o germe da corrupção. Na época, Portugal era famoso pela burocracia e pelo desvio de verba.
          Eduardo Bueno, jornalista e pesquisador da nossa história, insiste em ressalvar que é preciso tomar cuidado com generalizações. Ele diz que o problema "não está no degredado e sim nos que tinham o poder de enviar degredados para o Brasil". Segundo ele, a corrupção brasileira começou mesmo antes do descobrimento, nos impérios português e espanhol.
          Chamados de "impérios papeleiros" por causa da burocracia que criava um amontoado de leis e gerava uma gigantesca estrutura paralela, à margem do poder central, Portugal e Espanha concentravam um núcleo de corrupção muito grande, que incluía desvio de verbas, negociatas e dribles na Justiça. Para Bueno, é nesse tipo de "império papeleiro" que está o germe do sistema corrupto que persiste até hoje nestas terras.
          É comum dizer que no Brasil cadeia é só para os "três pês" (pobres, pretos e prostitutas), referindo-se à impunidade dos ricos. Isso é também uma herança dessa tradição ibérica em que os cavaleiros - ou seja, os ricos que tinham cavalos, contrapondo-se aos peões, que andavam a pé - ficavam por lei isentos das chamadas "penas vis". Não podiam ser espancados, amarrados em pelourinhos ou condenados à morte. Isso sem contar a venalidade da Justiça e o tráfico de influências, que já aparece nas primeiras linhas a registrar o Brasil.
          A carta de Pero Vaz de Caminha, enviada ao rei Dom Manuel em 1500 para dar a boa nova da descoberta, ou "achamento", da Terra de Vera Cruz, trazia em seu final um exemplo dessa tradição. Nela, o escriba aproveita a ocasião para pedir a volta a Portugal de seu genro degredado em São Tomé, na África, por ter roubado uma igreja e espancado o padre.
Em uma pesquisa feita em 146 países, o Brasil aparece como o 59º mais corrupto. No topo da lista está a Finlândia. Haiti e Bangladesh são os campeões da roubalheira.
          E já na fundação da nossa primeira capital há um exemplo claro de roubalheira, com superfaturameno na construção de Salvador, por empreiteiras, entre 1549 e 1556. Prática que se alastrou inclusive durante o período de ocupação holandesa, tido erroneamente por muitos como um governo "limpo". Apesar de o príncipe Maurício de Nassau ser um homem culto e ter trazido cientistas e artistas para Pernambuco, com ele vieram também, como colonizadores, pessoas que, no que tange à malandragem, não ficavam atrás dos portugueses. Aliás, teve origem na Holanda a história de que não existe pecado ao sul do Equador. Aqui valia tudo.
          Como boa tradição ibérica, a corrupção não poderia deixar de continuar com a chegada da família real portuguesa, inculta e grossa, em 1808. Dom João VI é tratado pelos historiadores como sujo e balofo, grosseiro no trato com as pessoas. No tempo em que esteve no Brasil, de 1808 a 1821, a corrupção se alastrou consideravelmente.
          Dom Pedro I, embora mais estadista que seu pai, tinha na conta de seus amigos pessoas muito pouco recomendáveis, que assumiram posições importantes no Império. Uma delas foi o famoso Chalaça, apelido do português Francisco Gomes da Silva, considerado o homem mais poderoso do período. Companheiro de farras de Dom Pedro, ele nomeava e demitia quem queria.
          Ao contrário de seu antecessor, Dom Pedro II foi um homem culto, mecenas, poliglota, apreciador das artes e da ciência... mas sem nenhuma aptidão para governar. Ficava enfastiado com as coisas do Estado. Assim, fazia vistas grossas para os desmandos e a corrupção, inclusive eleitoral. Por isso era chamado de "Pedro Banana". Seu reinado era repleto de festas, que aconteciam como se o país estivesse às mil maravilhas. Depois de 1884, seu governo foi ficando insustentável, em grande parte por causa da chamada "Questão Militar", que teve como estopim a descoberta de irregularidades num destacamento do Exército no Piauí. 
           Segundo Nelson Werneck Sodré em seu livro A História Militar do Brasil, diversos fornecedores do Exército enriqueceram bastante durante o Império, passando recibo de mercadorias que nunca entregaram ou entregaram em quantidade ou qualidade diferente do especificado. O historiador conclui: "Chega-se a ter a impressão de que, de cada dez indivíduos, nove eram desonestos ou dissidiosos na defesa da moralidade administrativa das Forças Armadas. Os que discordavam eram poucos e considerados criadores de caso". O imperador permanecia alheio a tudo isso.
          A República não mudou muito essa história. Tanto a desonestidade continuou que as mudanças radicais de governos sempre tiveram entre as causas motivadoras - pelo menos nos discursos - o combate à corrupção. Isso ocorreu, por exemplo, em 1930 e 1964. Sem contar que desde o governo Jânio Quadros, que foi eleito tendo como símbolo uma vassoura, que seria usada para "varrer" os corruptos do governo anterior, quase todos que ocuparam o poder pela via eleitoral falavam em combate à corrupção do seu antecessor. Fernando Collor de Mello combateria a corrupção de José Sarney, Fernando Henrique Cardoso combateria corrupções anteriores e Lula viria a acabar com a corrupção do período FHC.
          Nem tudo, porém, foi inútil. Um caso exemplar foi o impeachment de Fernando Collor, em 1992. Poucos meses antes, em maio daquele ano, o empresário Emílio Odebrecht tentava justificar a corrupção como um hábito alastrado em toda a população em uma entrevista ao Jornal do Brasil: "Eu acho que a sociedade brasileira toda é corrompida e corrompe.
          Hoje, para o sujeito resolver alguma coisa, até para sair de uma fila do INPS, encontra seus artifícios de amizade, de um presente ou de um favor. Isso é considerado um processo de suborno. O suborno não é um problema de valor, é a relação estabelecida". 
          O afastamento de Collor trouxe ânimo novo no combate à roubalheira no Brasil, mas os cinco séculos de assalto aos cofres públicos provam que não será fácil vencê-la. Como dizia o ex-ministro Paulo Brossard no tempo do fim da ditadura: "A d
emocracia no Brasil é relativa, mas a corrupção é absoluta".

Histórias de Corrupção
O GOVERNADOR E SEU ENGENHO
          Em 1597, o governador-geral do Brasil era dom Francisco de Sousa, apelidado Francisco das Manhas. E pelo jeito era mesmo manhoso: ele foi acusado de desviar dinheiro público para o seu engenho. Mas foi mantido no cargo.


OS PORTUGUESES DE NASSAU 
          Ordenança de Maurício de Nassau a seus sucessores, durante a ocupação holandesa: "Convém que Vossas Senhorias procurem angariar e manter, por meio de favores e de dinheiro, alguns portugueses particularmente dispostos e dedicados para com Vossas Senhorias, dos quais possam vir a saber em segredo os preparativos  do inimigo (...). Esses portugueses devem ser os mais importantes e honrados da terra, e lhes será recomendado que, exteriormente, se mostrem como se fossem dos mais desafetos aos holandeses".

TRAIDOR PREMIADO
          Os cofres públicos já foram também usados para premiar delatores. Um exemplo é Joaquim Silvério do Reis, que denunciou a Inconfidência Mineira em 1792. Ele era conhecido como mau pagador em Ouro Preto, estava cheio de dívidas, e depois da delação ficou tão malvisto que temia ser assassinado. O governo resolveu o problema dele mandando-o para uma fazenda no Piauí que recebera de graça, presente governamental.

LIMPANDO OS COFRES
          O Banco do Brasil foi fundado e refundado várias vezes. A primeira delas foi em 1808, por Dom João VI, depois de sua chegada ao Rio de Janeiro, fugindo das tropas de Napoleão que invadiram Portugal. Ao voltar para Portugal, em 1821, Dom João VI pegou todo o dinheiro depositado no banco. Levou tudo!

O MINISTRO QUE NÃO ROUBAVA

          Em 1831, depois que Dom Pedro I abdicou em favor de seu filho, o imperador seguiu para a Europa no navio Warspite. Com ele, o fiel marquês de Paranaguá, antigo ministro da Guerra. Paranaguá estava apreensivo, pois teria que viver com uma pequena aposentadoria em Portugal, não fizera fortuna no governo. A bordo, ele recorreu a Dom Pedro em busca de uma solução para seu problema e ouviu o seguinte do ex-imperador: "Faça o que quiser, não é da minha conta. Por que não roubou, como Barbacena?". Este, no caso, era o ex-ministro da Fazenda, o visconde de Barbacena.

ALISTAMENTO LUCRATIVO
          Em 1874, a Lei 2556 alterava os critérios de recrutamento de soldados para o Exército e a Armada: os recrutados, 
de 18 a 35 anos, podiam ser dispensados mediante o pagamento de 400 mil-réis, o que tornava o privilégio inacessível para pobres. O recrutamento tornou-se um verdadeiro negócio. Abusos e perseguições resultaram numa insurreição feminina chamada "Guerra das Mulheres". Elas invadiam igrejas, rasgavam editais e faziam passeatas.

OS SANTOS DO PAU OCO 
          Até a Igreja esteve envolvida no envio de ouro para a Europa no século 18, sem pagar os devidos tributos à Coroa portuguesa. Quem não queria pagar os impostos colocava ouro e pedras preciosas dentro de imagens religiosas ao passar pelas vistorias. O método, utilizado até por padres, gerou a expressão "santo do pau oco", para designar algo que não é o que parece.

SUBORNO EM ITAIPU
          Segundo a revista americana Times, numa edição de 1981, empresas européias deram 140 milhões de dólares em propinas e suborno para autoridades brasileiras, de modo a pegarem uma fatia da construção da Usina de Itaipu.

COMILÕES
          Em 1981, quando Eurico Resende governava o Estado do Espírito Santo, em apenas três meses as compras de carne para o Palácio atingiram 5,8 toneladas. Mas foram comprados também 850 frangos. Fazendo as contas, sua família teria comido 72 quilos de carne e nove frangos por dia. Mas o governo justificou: além das famílias, havia os servidores que comiam lá. Haja servidores...

O ESCÂNDALO DA MANDIOCA
          Na pequena cidade de Floresta, em Pernambuco, a agência do Banco do Brasil fazia empréstimos a pessoas influentes do Estado, supostamente para plantar mandioca. Mas elas nunca pagavam: alegavam que a seca destruíra os plantios - que nunca haviam sido feitos - e os prejuízos eram cobertos pelo seguro agrícola. Em 1981, quando se descobriu a mutreta, calculava-se que o valor total dos "empréstimos" chegara a 700 milhões de dólares. Pedro 
Jorge de Melo e Silva, procurador da República, encarregado de apurar o caso, foi morto no ano seguinte. Entre os acusados pelo assassinato, foi preso e condenado o major da Polícia Militar José Ferreira dos Anjos, que fugiu da cadeia e só foi recapturado em 1996. O processo de desvio de dinheiro nunca foi concluído.

QUEM DEVIA TOMAR CONTA...
          Recentemente, a Operação Curupira da Polícia Federal prendeu dezenas de pessoas de vários estados. Funcionários do Ibama, órgão de proteção ao meio ambiente, estavam fazendo justamente o contrário, colaborando com a extração ilegal de madeiras de lei. Entre os acusados estava o secretário estadual do Meio Ambiente de Mato Grosso, o superintendente do Ibama no mesmo Estado e o presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente. Os prejuízos causados pelas fraudes cometidas foi superior a 1 bilhão de reais.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Rio Grande do Sul entra na reta final de preparação para a Copa do Mundo da FIFA 2014

Publicação datada de 12.06.2013 e republicada por este Blog hoje 25/06.

A exatamente um ano para o início da Copa do Mundo de 2014, o Governo do Estado contabiliza uma série de investimentos para a realização do megaevento. Todas as obras necessárias já estão encaminhadas e, em algumas áreas, a preparação do Executivo já entra na reta final. O planejamento opera para que os cerca de 50 mil turistas estrangeiros que circularão no Rio Grande do Sul - segundo projeções do Ministério do Turismo - , encontrem um Estado equipado com alta tecnologia e profissionais de segurança qualificados.

Para a execução, a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) investe R$ 79 milhões em recursos do Governo Federal para aquisição de modernos equipamentos e do Centro de Comando Integrado e Controle (CICC). A estrutura, responsável pela ligação entre diferentes setores das polícias gaúchas, será construída no prédio da SSP, e a obra deve iniciar em julho, com previsão de término para dezembro.

Entre os aparelhos, o Estado já recebeu - e utiliza - o imageador térmico aéreo, os armamentos não-letais e os desencarceradores. Até setembro, o restante do material deve chegar ao RS e, para aqueles que necessitarem de um treinamento especial para o uso, o mesmo será feito com os servidores gaúchos. O RS ainda terá um aparato antibombas e centros de comandos móveis. Além disso, até abril, os profissionais da Brigada Militar passarão por qualificações que incluem noções de segurança, turísticas e idiomas.

O Programa de Qualificação de Gestores Públicos e Agentes Sociais para 2014, promovido pela 
Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH), em parceria com instituições de educação, já percorreu 140 municípios em 35 cursos e sete seminários regionais voltados, principalmente, à gestão pública. A entidade, em parceria com a Secretaria de Esporte e Lazer (SEL), promoveu uma capacitação online, com cursos gratuitos de inglês, espanhol, segurança e turismo. Ao todo, 3,7 mil pessoas já passaram pelos cursos de capacitação.

O Comitê Gestor da Copa (CGCopa), órgão vinculado à SEL, apoia os municípios gaúchos candidatos a hospedar seleções. Ao todo, 22 cidades gaúchas buscaram inclusão no caderno da Fifa. Onze cidades gaúchas estão inscritas, o que coloca o RS como o segundo Estado com maior número de CTS credenciados. Seis seleções já visitaram, de forma oficial, o Governo do Estado trabalha para auxiliar as cidades na atração de delegações.

Uma das ações planejadas é a realização de um evento, com a participação de dez delegações de países e os 11 CTS. As cidades já estão criando estruturas, não só para a Copa 2014 - como comitês temáticos -, mas obras permanentes, como o novo complexo esportivo em Gramado e um novo hotel em Lajeado. A visibilidade internacional proporcionada pelo megaevento motiva, ainda, a capacitação do setor hoteleiro. A 
Secretaria do Turismo (Setur) estabeleceu a meta de capacitar dez mil gaúchos até a Copa do Mundo.

Por meio do Pronatec Copa - programa da União - a Setur articulou a realização de cursos gratuitos em 16 cidades, voltados para idiomas e capacitação em serviços. Em 2014, o Estado terá 112 mil leitos na rede hoteleira - sendo cinco mil só na Região Metropolitana de Porto Alegre, e 35 novos empreendimentos estão em projeção.

Além do legado intangível, a Copa 2014 deixará no RS obras físicas fundamentais para infraestrutura. Serão investidos mais de U$S 218 milhões em obras de reforço energético, que incluem a implantação de 14 novas subestações, ampliação de outras dez e a construção de dez linhas de transmissão. Os recursos foram obtidos por meio de financiamentos internacionais. Todas as 22 obras estarão prontas até maio de 2014, sendo que cinco são consideradas fundamentais e, quatro destas, estarão concluídas em 2013.

O Governo do Estado mantém o compromisso de transparência durante a preparação. O Conselho de Desenvolvimento Econômico Social (Cdes-RS) debate o tema com representantes da sociedade civil da Câmara Temática da Copa. 

No site gaúcho da Copa, administrado pela Secretaria de Comunicação e Inclusão Digital, além de notícias e agendas, são disponibilizados os principais documentos firmados pelo Estado. Na seção Obras da Copa são publicadas as atualizações e valores de todas as obras no Estado, incluindo os empreendimentos dos governos federal e municipal (Porto Alegre) e, ainda, do estádio Beira-Rio e Campos Oficiais de Treinamentos, como a Arena do Grêmio. 

A campanha promocional "Aqui todo mundo se sente em casa" destaca a diversidade étnica encontrada no Estado e convida o mundo a conhecer o Rio Grande do Sul na Copa 2014. O Beira-Rio receberá cinco partidas da Copa 2014, entre os dias 15 a 30 de junho de 2014.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Como contentar a massa descontente???

Porto Alegre anuncia redução no preço das passagens de ônibus

18 de junho de 2013 9
Valor anunciado por Fortunati será de R$ 2,80
Foto: Nélio Castaman / Rádio Gaúcha
Um dia depois do maior protesto desde o início da mobilização contra o aumento da passagem de ônibus de Porto Alegre para R$ 3,05, o prefeito José Fortunati anunciou nesta manhã no Gaúcha Atualidade que irá reduzir a tarifa. O executivo municipal irá remeter à Câmara Municipal projeto isentando do ISS o transporte coletivo. O impacto nas contas municipais é de R$ 15 milhões. A tarifa passará para R$ 2,80 assim que liberada pelo Tribunal de Justiça. Fortunati pede ainda que o governador Tarso Genro isente do ICMS o óleo diesel para o transporte coletivo. Se aceito, a tarifa chega a R$ 2,75.
No dia 04 de abril, poucos dias depois do Conselho Municipal de Transportes aprovar a tarifa de R$ 3,05, o Poder Judiciário concedeu liminar em ação da bancada do PSOL na Câmara Municipal. A passagem retornou aos R$ 2,85. Os protestos continuaram. Os manifestantes pediam R$ 2,60, valor que surgiu em cálculo do Ministério Público de Contas. Na semana passada, o Ministério Público Estadual manifestou-se pela manutenção da tarifa reduzida.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Vem mais U.P.A.S por aí!!!

O que dizem os políticos sobre as UPAS- Unidades de Pronto Atendimento:


A diretora administrativa da UPA Araçagi, São Luiz do Maranhão, Larissa Ribeiro:
 “ o diferencial da unidade de saúde é o atendimento nas áreas de odontologia e ortopedia. "A nossa UPA é a única no Maranhão a oferecer este serviço à população, que nos procura para ter seus problemas resolvidos e a grande maioria sai muito satisfeita daqui", frisou. Para ela, os números mostram muito mais que apenas a quantidade de atendimento. Indicam também a satisfação das pessoas em relação ao trabalho realizado naquela unidade de saúde.


"As UPAs são de grande importância, pois por elas começamos a resolver a questão das emergências dos hospitais. Isso é algo que já percebemos nos municípios onde elas estão em funcionamento, pois desafogou os hospitais", afirmou Ciro


"A abertura dessas estruturas no municípios ajudaria a aliviar a grande procura por parte da população no Pronto Socorro da cidade.” Prefeito de Pelotas Eduardo Leite.


No Estado seis UPAs em funcionamento, localizadas em Porto Alegre, Canoas, Novo Hamburgo, Santa Maria, Vacaria e Bom Princípio. A previsão é que até o final de 2013 esse número chegue a 20 construídas.

Porto Alegre

A Unidade de Pronto Atendimento 24 Horas Moacyr Scliar, inaugurada em 28.09.2012. Localizada na Zona Norte, junto ao Terminal Triângulo da Avenida Assis Brasil, a estrutura para atender casos intermediários entre as unidades básicas e as urgências hospitalares vai reduzir a superlotação do Conceição e do Cristo Redentor.


A UPA de São Leopoldo:

A unidade prevista para o bairro Scharlau em São Leopoldo é do tipo III, considerada a mais ampla e complexa pelo Ministério da Saúde e que garante 20 leitos de observação e no mínimo seis médicos plantonistas para atender até 450 pacientes em casos de urgência e emergência 24 horas. A UPA Zona Norte terá 1.677,78 metros quadrados e deve dispor de 18 médicos. Durante a visita, o secretário apresentou à reportagem a planta baixa do prédio com divisão em seis áreas: pronto-atendimento, apoio e diagnóstico terapêutico (com salas de raio-x, laboratórios, entre outros), apoio técnico logístico (salas de enfermagem, de médicos, entre outros), apoio administrativo, observação e atendimento de urgência.

- O chão batido começa a dar espaço para as paredes de alvenaria na área da futura Unidade.
A obra ficou parada por mais de quatro meses, da metade de dezembro até o dia 10 de abril, quando foi retomada. A previsão de conclusão, segundo o secretário de Saúde de São Leopoldo, Ivo Leuck, é para junho de 20
14.

Serra Gaúcha

O Postão 24 Horas será ampliado em 2014 e passará a ser uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Porte 2. Essa mudança credenciará o município a buscar R$ 2,5 milhões do governo federal para a reforma e custeio. O projeto precisa ser entregue ao Ministério da Saúde em 10 dias. O prazo se encerra em 8 de maio.

Realizar a obra exigirá uma medida radical: fechar o Postão por alguns meses. Por isso, o cronograma só prevê os trabalhos para o próximo ano. Ao final de 2013, já estará em operação a UPA de Porte 3 na Zona Norte, que concentrará o atendimento nesse período.

O transtorno promete ser grande, principalmente para moradores de outras regiões da cidade. A secretária municipal da Saúde, Dilma Tessari, explica que não há como conciliar a reforma – que ela considera indispensável – com o atendimento de mais de 400 pessoas por dia.

A mudança adaptará o Postão à portaria do Ministério da Saúde que descreve como são as UPAs. Os serviços prestados em uma unidade de porte 2 e no atual 24 Horas são equivalentes, segundo Dilma. A expectativa é de melhora na qualidade e na organização do atendiment

Por isso, a opção pela UPA de Porte 2, destinada a municípios com mais de 150 mil moradores.










Tarso muda comunicação para fortalecer a imagem da gestão

Ajustes no Piratini17/06/2013 | 06h03

Nos próximos meses, nova equipe terá o desafio de traduzir para a população as realizações do governo

Um ano. Esse é o tempo que a renovada Secretaria de Comunicação tem para desenvolver e fixar no imaginário popular uma marca que transmita mensagem positiva e sintetize o governo Tarso.
Esgotado o prazo, as atenções se voltarão à sucessão ao Piratini, com início do período eleitoral em 6 de julho de 2014, acarretando impedimentos legais que restringem a propaganda, a assinatura de convênios e os atos públicos do governador. Uma estratégia de sucesso é considerada crucial para descolar a gestão da opacidade.
Substituto de Vera Spolidoro, que passará a se dedicar ao recém-criado Gabinete de Inclusão Digital, o novo secretário, João Ferrer, assume o comando da Comunicação com a tarefa de dar uma guinada na imagem do Piratini.
— O último ano sempre é o mais importante. É quando as ações dos governos amadurecem. As pessoas despertam para fazer um juízo sobre o governo. Uma boa política de comunicação nesse período pode mudar percepções — explica o consultor de marketing político Juliano Corbellini.
Com carta branca, Ferrer promoveu mudanças. Três antigos diretores da secretaria — de Jornalismo, Relações Públicas e Publicidade — deixaram os cargos. Os substitutos já foram escolhidos. O novo time terá de superar desafios como o desconhecimento por parte da população sobre as políticas do Piratini. As propagandas são consideradas excessivamente jornalísticas e pouco publicitárias. A leitura geral é de que o governo precisa "contar histórias" e valorizar "fatos icônicos", como o fechamento da praça de pedágio de Farroupilha, em vez de apresentar ao público excesso de números.
Outra urgência é a criação de um slogan para a gestão. O RS Mais, empregado até então, não obteve sucesso.
— É um modelo antigo o utilizado pelo RS Mais, não cria identidade, não expressa o conceito. É muito genérico e de difícil compreensão — diz um especialista que nutre laços com o governo.
Por outro lado, há avaliações em desagravo ao trabalho desenvolvido até então pela Comunicação. Análises externas críticas à gestão apontam inércia do Piratini, o que tornaria impossível uma publicidade eficaz.
— O mais relevante é ter o que mostrar — avalia o consultor de marketing Marcos Martinelli, que já atuou em inúmeras campanhas eleitorais.
O Executivo está convicto de que resolverá o problema. O segundo semestre, diz Ferrer, será tempo de realizações, entregas de obras e agendas positivas. E o Piratini terá de traduzir o significado disso para a população.

Uma estratégia com altos e baixos
Positivos
A recriação da Secretaria de Comunicação pelo governo Tarso, com a contratação de profissionais com experiência de mercado.
Adoção de uma política de comunicação permanente com a sociedade nas redes sociais.
Regionalização da comunicação, com a produção de materiais específicos para cada ponto do Estado, contando com inserções em rádios e TVs comunitárias.
Desenvolvimento de políticas de inclusão digital, com abertura de telecentros para acesso à internet e criação do centro de recondicionamento de computadores, em Viamão.
Negativos
A tentativa de fixar a marca RS Mais não deslanchou. O termo é considerado genérico, sem contundência para se consolidar como slogan e representar a síntese do governo.
A propaganda é classificada como jornalística, quando deveria ser publicitária. Especialistas avaliam que, em vez de apresentar muitos números e detalhes, as peças deveriam "contar histórias" e "fixar acontecimentos icônicos".
Prejudicado pelo ritmo lento de execução de obras, o governo não conseguiu traduzir para a população o significado da contratação de empréstimos para investir e a chamada "nova relação" com a União.
Entrevista: João Ferrer Secretário
"Há uma identidade que tem de ser reforçada e traduzida"
Com experiência na política e no mercado publicitário, o jornalista João Ferrer (PT) assume a Comunicação com a tarefa de criar uma marca forte para o governo Tarso. Tendo um ano de trabalho pela frente antes do início do período eleitoral, ele pretende solucionar o "déficit de comunicação" do Piratini.
ZH — Qual a estratégia de comunicação encomendada pelo governador para a reta final da gestão?
Ferrer — A visão do governador, compartilhada por mim, é de que há um déficit de informação sobre o que o governo está fazendo e sobre o que está sendo preparado para logo em seguida. A ideia é fazer esforços para tentar resolver essa realidade de informação deficitária. As pessoas precisam conhecer o que está sendo feito.
ZH — Qual o motivo para esse déficit de informação?
Ferrer — Isso não está relacionado com falta de esforço do governo para se comunicar. Não é isso. Está relacionado com o fato de que, num certo sentido, havia um esforço muito maior de trabalho interno, inclusive para que o Estado pudesse superar problemas internos. As obras tiveram evolução muito maior do que a própria comunicação desenvolvida. A ideia é tentar equilibrar isso.
ZH — O governo acredita que a Comunicação será fundamental com o início da entrega de obras.
Ferrer — A partir da metade do segundo semestre, as coisas vão ficar absolutamente concretas. Teremos resultados que ficarão mais claros em infraestrutura, saneamento. A partir de julho, a previsão é entregar duas UPAS (Unidades de Pronto-atendimento) por mês até o final do ano. Esse é um exemplo.
ZH — A essência das campanhas publicitárias vai mudar?
Ferrer - A tendência é manter a formulação desenvolvida até então. Mas é possível que a forma de comunicar tenha algum tipo de ajuste.
ZH — Há avaliações de que o governo não tem identidade e de que a marca RS Mais falhou. Como avalia?
Ferrer — O governo não tem um slogan, mas tem uma identidade forte. É o governo do desenvolvimento, da inclusão social, da participação e do diálogo. São os elementos centrais. Mas falta um slogan. O governo nunca assumiu a ideia de um slogan, mas é uma possibilidade. Há uma identidade que tem de ser reforçada e traduzida