quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Para que serve cada uma das portas em seu PC?


A traseira de seu PC está lotada de portas onde você pode plugar periféricos e cabos variados. Siga nosso guia e descubra a função de cada um delas.
Olhe atrás de seu PC, e você provavelmente irá encontrar um monte de portas onde pode plugar uma variedade de dispositivos. Mas algumas delas podem ser obscuras, e num mundo onde o USB é a estrela é fácil esquecer que existem outras formas de conectar periféricos ao computador. Mesmo o USB já não é mais o que era antes.
Neste guia vamos apresentar todos os tipos de portas que você poderá encontrar em um PC, bem como seus possíveis usos. Vamos começar com as mais modernas, e retroceder aos poucos. No final, falaremos sobre as portas que você poderá encontrar em futuros PCs.
Embora os exemplos que mostramos aqui tenham sido baseados em um PC desktop, boa parte destas portas pode ser encontrada também em notebooks.
As muitas faces do USB
O USB era algo simples. Você tinha o USB 2.0 e.... só isso. Portas USB 1.0 existiram por um breve período de tempo, mas depois que o USB 2.0 foi lançado, com largura de banda significativamente maior, ele foi amplamente adotado e varreu o antecessor do mapa. E como todo padrão amplamente adotado, variantes começaram a aparecer. Vamos conhecer alguns dos “sabores” de USB que você pode encontrar e suas características.
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Portas USB 2.0
USB 2.0 padrão: esta é a porta USB mais comum, que qualquer usuário de PC vê no dia-a-dia. Mouses, teclados, HDs, drives ópticos e praticamente qualquer outra coisa podem ser encontrados em versões com conectores USB que são plugados a uma destas portas. Mesmo depois do surgimento do USB 3.0 (também chamado SuperSpeed USB) esta ainda é a conexão mais versátil.
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USB 2.0 com "auto-instalação". Há um botão ao lado da porta
Porta USB 2.0 com “auto-instalação da BIOS”: é uma variante peculiar encontrada em algumas placas-mãe produzidas pelas ASUS. É a princípio uma porta USB 2.0 comum, e pode ser usada como tal. Mas também pode ser usada para automatizar a instalação (ou atualização) da BIOS da máquina.
Você precisa copiar um utilitário (junto com a BIOS que quer instalar) para um pendrive, e plugá-lo a esta porta. Aí é só apertar o botão ao lado dela assim que o PC for ligado e a BIOS será instalada. É um recurso “de nicho”, feito para os usuários mais avançados que podem ter encontrado algum problema após um overclock severo ou outra modificação do sistema que impediu um boot “normal” da máquina.
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USB 2.0 com energia extra: portas vermelhas
USB 2.0 com energia extra: estas portas, de cor vermelha, são encontradas em placas-mãe feitas pela ASUS, Gigabyte e alguns outros fabricantes. Elas fornecem mais energia do que as portas USB normais (por padrão limitadas a 500 mA), para carregar smartphones e tablets. É uma resposta a aparelhos como o iPad, que não recarregam a bateria quando conectados a um PC porque exigem mais corrente do que uma porta USB 2.0 comum pode fornecer.
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USB 3.0: portas azuis
USB 3.0: é a mais nova versão do USB, também chamada de SuperSpeed USB e capaz de trafegar dados a até 625 MB (5 gigabits) por segundo. Portas USB 3.0 tem cor azul e são compatíveis com dispositivos USB 2.0, mas nesse caso a velocidade fica limitada aos 60 MB (480 Megabits) por segundo do padrão anterior. Cabos USB 3.0 são internamente diferentes dos cabos USB 2.0, então certifique-se de estar usando o cabo certo com aquele seu HD externo novinho em folha se quiser tirar proveito de toda a velocidade extra.
eSATA: parece redundante, mas pode ser útil
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eSATA: alta-velocidade no acesso a HDs externos
Armazenamento externo em alta velocidade é algo crítico ao editar e arquivar vídeo digital e fotografias em RAW. A tecnologia eSATA foi criada para fornecer uma alternativa mais rápida ao USB 2.0, antes do surgimento do USB 3.0. Usada apenas em dispositivos de armazenamento (HDs e drives óticos) ela pode transferir dados a até 6 Gigabits por segundo. Alguns notebooks tem um conector USB híbrido, que aceita tanto um dispositivo USB quanto um eSATA.
Conexões de rede
A forma mais óbvia de conexão em rede em um PC desktop é a porta Ethernet, onde pode ser plugado um cabo de rede com conector no padrão RJ45 (o popular “cabo azul da internet”). 
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Porta Ethernet
Hoje são comuns PCs com interfaces “Gigabit Ethernet”, capazes de trafegar dados a até 1 Gigabit (128 MB) por segundo, cerca de 3 vezes mais rápidas que uma conexão Wireless 802.11n e ideais para quem precisa transferir grandes quantidades de dados. Entretanto, ainda há máquinas com interfaces “10/100”, capazes de trafegar no máximo 12 MB por segundo. Em ambos os casos, a porta e o conector são idênticos.
Som na caixa: portas de áudio
Nos velhos tempos era preciso adquirir uma “placa de som” (como a Sound Blaster 16) para reproduzir e gravar áudio em seu PC. Os micros modernos tem sistema de som e as várias portas relacionadas já integradas à placa-mãe.
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Portas analógicas para áudio
Portas analógicas: são as mais usadas, e codificadas por cor para que você saiba onde plugar cada componente (caixas de som, microfone, subwoofer, etc). Se você é um dos raros usuários com um sistema de som com múltiplos canais no PC, provavelmente usará três ou quatro destas portas: geralmente a verde, preta, laranja e cinza. Microfones são plugados na porta rosa, e a azul é a entrada de linha. Se você tem simples caixas de som estéreo, ligue-as na porta verde.
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Toslink S/PDIF: áudio digital
Toslink SPDIF: som analógico não é a única opção. Alguns PCs também tem saída de áudio digital usando uma porta Toslink S/PDIF. Toslink é uma conexão que usa um cabo de fibra óptica desenvolvida originalmente pela Toshiba (daí o “Tos” no nome). S/PDIF significa “Sony/Philips Digital Interface” e é um sistema de sinalização que pode funcionar sobre Toslink ou cabos de cobre. Tem largura de banda suficiente para som estéreo sem compressão, mas a compressão é necessária para áudio multicanal.
Outras formas de conexão digital de áudio são possíveis. Alguns aparelhos, como headsets, são capazes de enviar e receber áudio digital via USB. Portas HDMI e DisplayPort 2.0 também podem transportar áudio digital, além de sinais de vídeo.

Vídeo: o passado, o presente e o futuro
De todos os tipos de portas, as de vídeo são as que parecem ter a maior vida útil. Sempre me surpreendo quando desembalo um monitor Dell novinho e encontro um cabo VGA pré-conectado. Em que século estamos mesmo?
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VGA: entre nós desde 1987
VGA (Video Graphics Array): PCs com gráficos integrados ainda tem portas VGA, e a maioria dos monitores no mercado também, embora estejamos finalmente vendo alguns modelos dispensarem este padrão ancião (ele estreou em 1987). Atualmente é raro ver placas de vídeo que trazem esta porta, embora a maioria ainda inclua na embalagem um adaptador DVI-VGA, caso você precise dele.
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DVI: a primeira digital, mas no fim da vida
DVI (Digital Visual Interface): chegou ao mercado em 1999, e foi a primeira conexão digital para monitores de PC amplamente utilizada. Intel, AMD e vários outros fabricantes já anunciaram que irão abandonar o suporte a esta tecnologia em 2015, em favor da DisplayPort para conexão a monitores, e HDMI para conexão a TVs de alta-definição.
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Display Port: múltiplos monitores em uma só porta
Display Port: esta porta pode parecer redundante dada a existência das portas HDMI, mas ela tem na manga alguns truques inexistentes no “concorrente”. O licenciamento é um deles: o padrão é licenciado pela VESA, um órgão da indústria de tecnologia, e não exige que os fabricantes paguem royalties pela implementação. Em interfaces Display Port 1.2 é possível encadear até dois monitores com grande largura de banda, e o padrão prevê “hubs” para a conexão de ainda mais monitores. Ele também suporta bitrates até duas vezes maiores que o HDMI, permitindo a criação de monitores de resolução muito alta. Cabos Display Port também podem transportar sinais de áudio, até oito canais no total, com uma largura de banda de 49 Megabits por segundo.
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Mini Display Port: criada pela Apple
Mini Display Port: uma variante do DisplayPort com conector menor, originalmente utilizado pela Apple mas incluso como parte da especificação DisplayPort 1.2. É comum em placas de vídeo que utilizam GPUs AMD Radeon HD nas séries 6000 e 7000. 
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HDMI: padrão em TVs de alta-definição
HDMI (High Definition Multimedia Interface): porta padrão em TVs de alta-definição, e muito usada para plugar PCs, tablets e smartphones a elas. O padrão HDMI 1.4a tem largura de banda suficiente para uma tela com resolução de 1080p operando a 120 quadros por segundo, adequada para jogos e vídeos em 3D. Cabos HDMI também são capazes de transportar um sinal de áudio.
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Mini HDMI: rara nos PCs
Mini-HDMI: menos comum nos PCs, e mais popular em eletrônicos de consumo como câmeras digitais. Pode ser encontrada em algumas placas de vídeo com GPUs Nvidia GeForce da série 500. Tipicamente, um adaptador mini-HDMI para HDMI é incluso com a placa.
As veteranas
Há um grande número de portas que ainda aparecem em algumas máquinas, mas que são raramente usadas pela maioria dos usuários domésticos. Algumas são úteis em empresas, que tem que suportar hardware mais antigo que ainda é usado por alguns aplicativos legados.
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PS/2: para mouse e teclado
Porta PS/2 para mouse ou teclado: é o mais comum entre as portas antigas. A maioria das placas-mãe com portas PS/2 tem duas delas, embora em alguns casos haja apenas uma, como na foto acima. Por convenção o teclado é plugado na porta roxa, e o mouse na verde (os conectores usam cores correspondentes, para evitar confusão). 
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FireWire: útil se você trabalha com vídeo digital
FireWire (IEEE 1394): outra porta bastante comum, mas rara nas placas-mãe mais modernas. Útil se você tem filmadoras mais antigas, um iPod da primeira geração ou equipamento de áudio profissional.
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Paralela: algumas impressoras ainda usam
Porta paralela: ainda encontrada ocasionalmente, mesmo nas placas-mãe mais modernas. É geralmente usada para conexão de uma impressora, embora poucas façam uso dela hoje em dia. Entretanto ainda é útil com dispositivos legados comuns em empresas, como sistemas de ponto de venda (POS) e impressoras fiscais.
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Serial: usada por sensores e instrumentação
Porta serial: conector em forma de D com 9 pinos, quase impossível de encontrar em um PC moderno. A foto acima é de uma velha placa-mãe com um processador Pentium 4. Apesar disso há um grande número de instrumentos de laboratório, sistemas de ponto de venda e hardware especializado (como sensores remotos e sistemas de controle industrial) que ainda as utilizam. Hoje em dia é possível comprar “adaptadores” que se plugam a uma porta PCI na máquina e trazem uma porta serial, ou em alguns casos usar um adaptador Serial-USB, para se comunicar com estes aparelhos.

O futuro
Não mostramos algumas portas que você provavelmente verá em PCs neste próximo ano, e que já existem em alguns Macs. Um exemplo é a Thunderbolt, uma nova interface serial de alta velocidade que já apareceu em alguns computadores da Apple. É provável que veremos portas Thunderbolt em PCs baseados nos processadores Ivy Bridge, da Intel, que devem chegar às lojas à partir da segunda metade deste ano.

Thunderbolt. A tecnologia E/S mais avançada.

Thunderbolt é uma tecnologia de E/S revolucionária compatível com monitores de alta resolução e dispositivos de dados de alto desempenho através de uma única porta compacta. Ela redefine o conceito de expansão e já vem no Mac.

Uma porta pequena, mas com inúmeras possibilidades.

Disponível em todo Mac novo, a tecnologia Thunderbolt permite acessar uma grande variedade de periféricos de alta velocidade e monitores de alta resolução com uma única porta e um cabo que transporta dados via DisplayPort e PCI Express.
E agora com Thunderbolt 2 em cada Mac Pro e MacBook Pro com tela Retina novo, você conecta os monitores 4K de alta resolução mais recentes e ainda conta com o dobro de largura de banda para os seus periféricos. Todas as gerações da tecnologia Thunderbolt são compatíveis entre si.

Desempenho e expansão mais rápidos e mais inteligentes.

PCI Express é a tecnologia que conecta todos os componentes de alto desempenho a um Mac. E ela foi incorporada à tecnologia Thunderbolt, o que significa que você já tem a velocidade PCI Express. Com Thunderbolt, todos os dispositivos externos como arrays RAID e soluções de captura de vídeo podem ser conectados com o computador em operação e mudados de um Mac para outro sem problema.

E/S de alto desempenho

  • Canal um10Gb/s
    Canal dois10Gb/s
    Thunderbolt
  • 5Gb/s
    USB 3
  • 2,5Gb/s
    ExpressCard
  • 800MB/s
    FireWire 800
  • 480MB/s
    USB 2
A tecnologia Thunderbolt oferece dois canais no mesmo conector, com taxa de transferência de 10 Gbps em ambas as direções. Ultrarrápida e ultraflexível, a Thunderbolt 2 chega a 20Gb/s. Os dados entre os periféricos são transportados até 20 vezes mais rapidamente do que via USB 2 e até 12 vezes mais rapidamente do que via FireWire 800. É largura de banda mais do que suficiente para encadear vários dispositivos em alta velocidade e sem necessidade de um hub ou switch. Por exemplo, você consegue conectar vários discos externos de alto desempenho, um dispositivo de captura de vídeo e até mesmo um monitor a uma única cadeia Thunderbolt, mantendo a mesma taxa de transferência alta.
A expansão não se limita mais ao espaço dentro do seu Mac. Agora você pode conectar suas placas PCI Express usando um chassi Thunderbolt. Conecte vários chassis para ter muito mais placas do que seria possível em um computador com um número fixo de slots de expansão. Com a tecnologia PCI Express você usa os periféricos USB e FireWire existentes e até se conecta a redes Gigabit Ethernet e Fibre Channel usando adaptadores simples.

Maior desempenho até na tela.

Com a Thunderbolt 2 você conecta os monitores 4K mais recentes. Na verdade, com o Mac Pro, você consegue conectar até três monitores 4K ao mesmo tempo. E como a base da Thunderbolt é a tecnologia DisplayPort, ela é compatível com os monitores Apple Thunderbolt Display Mini DisplayPort. Para conectar um monitor DVI, HDMI ou VGA, basta um adaptador.
Nenhum projeto é grande demais.
Se você for editor de vídeo, imagine usar só uma porta para conectar armazenamento de alto desempenho, monitor 4K de alta resolução e dispositivos de captura de vídeo com alta taxa de quadro para cuidar de toda a pós-produção de um filme. A tecnologia de E/S Thunderbolt permite que você encadeie até seis periféricos Thunderbolt, inclusive um Apple Thunderbolt Display, um RAID Promise Pegasus RAID e um disco LaCie 2Big
Como Thunderbolt é padrão em cada Mac, você consegue compartilhar periféricos de alto desempenho entre computadores Mac. Como o OS X Mavericks é compatível com IP sobre Thunderbolt, você consegue usar um cabo Thunderbolt para criar um link de 10GB/s rápido entre seus computadores Mac.
Toda essa potência e transferência de dados super-rápida trafegam pelo Apple Thunderbolt Cable, um dos cabos mais avançados feitos até hoje. Nenhum outro cabo simples consegue fazer tanto e com tanta velocidade. Não são só os dispositivos que ele conecta que são de alto desempenho, ele também é. A tecnologia Thunderbolt também é três vezes mais potente que USB 3, oferecendo 10 watts de potência a periféricos como SSDs externos para melhor desempenho, mesmo em trânsito. Com cabos com meio metro a dez metros de comprimento, há várias opções de escolha.
A boa notícia é que a quantidade de portas realmente necessárias na traseira de um PC irá provavelmente ser reduzida com o passar do tempo. Mesmo máquinas com vídeo integrado provavelmente terão apenas uma porta DisplayPort e uma HDMI para vídeo, além de uma porta ThunderBolt, várias portas USB 3.0 e portas de áudio e rede. A simplificação é uma boa coisa, já que o espaço na traseira dos PCs está ficando escasso, especialmente no caso dos modelos mais compactos

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Snowden aceitaria asilo, mas não em troca de informação

Em entrevista ao programa Fantástico, o ex-analista da CIA disse que nunca irá trocar informações secretas por asilo no Brasil.

 

 Ativistas fazem protesto pedindo a Dilma que conceda asilo a Snowden: "se o governo brasileiro quiser defender os direitos humanos, será uma honra para mim fazer parte disso", disse Snowden.

 

 

Brasília - O ex-analista da inteligência americana Edward Snowden afirmou que aceitaria asilo no Brasil, mas o rejeitaria se fosse em troca de informação sobre o programa deespionagem americano, afirmou no domingo o programa "Fantástico" da Rede Globo.
Perguntado sobre se aceitaria asilo de Brasília, Snowden respondeu: "Claro! Se o governo brasileiro quiser defender os direitos humanos, será uma honra para mim fazer parte disso".
Mas o ex-analista negou condicionar a entrega de dados à concessão de refúgio: "Nunca vou trocar informações por asilo, e não acredito que o governo brasileiro faria isso".
O programa da Rede Globo disse ter entrevistado o ex-analista por e-mail através de seu advogado em Nova York, para evitar interceptações, e divulgou seu conteúdo na internet.
Primeiro passo importante da Casa Branca
O ex-analista americano, asilado temporariamente na Rússia até agosto, também comentou as conclusões de um painel de especialistas convocado pela Casa Branca, que recomendou nesta semana reduzir o poder da Agência de Segurança Nacional americana (NSA, em inglês) ao advertir que sua espionagem em massa foi muito longe.
Snowden declarou que as conclusões dos especialistas não são, de nenhuma maneira, suficientes, mas reconheceu que "é um início e dar este primeiro passo é importante".

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Santa Cruz recebe Polícia Comunitária e Patrulha Maria da Penha

Solenidade no dia 16 de dezembro p.p., no Bairro Bom Jesus, em Santa cruz do Sul, marcou a implantação dos projetos da Secretaria da Segurança Pública (SSP).



O município de Santa Cruz do Sul recebeu na manhã desta segunda-feira, 16, dois dos principais projetos da Secretaria da Segurança Pública (SSP). Em solenidade no campo do Bairro Bom Jesus, foram implantadas a Polícia Comunitária e a Patrulha Maria da Penha. O ato contou com a participação do secretário adjunto da Segurança Pública do Estado, Juarez Pinheiro, e de autoridades das forças policiais, além de convidados e lideranças políticas, como o prefeito Telmo Kirst.

Na oportunidade, foram entregues duas viaturas para amparar as iniciativas. O tenente coronel Valmir José dos Reis recebeu as chaves do carro destinado ano núcleo de Policiamento Comunitário, enquanto a delegada Lisandra de Castro Carvalho recebeu o veículo que atuará na Patrulha Maria da Penha. De janeiro a novembro deste ano, foram registradas mais de 1,7 mil denúncias por ameaça na Lei Maria da Penha na cidade, segundo dados da SSP.



quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Justiça Federal envia ao STF inquérito do cartel de trens de S.Paulo

Na investigação, são mencionadas infrações penais cometidas por autoridades que têm foro privilegiado. A nota também afirma que o inquérito corre em segredo de Justiça.







 A Justiça Federal encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) inquérito sobre o cartel de trens em São Paulo. As investigações apontam que o governo paulista teve conhecimento e avalizou a formação de um cartel para a licitação da linha 5 do Metrô de São Paulo. Os casos relatados vão de 1998 a 2008 e compreendem as gestões [Mário] Covas, [Geraldo] Alckmin e [José] Serra, todas do PSDB. Em nota divulgada nesta terça-feira (10), a Justiça Federal afirma que o inquérito policial foi enviado ao Supremo pois são mencionadas infrações penais cometidas por autoridades que têm foro privilegiado. A nota também afirma que o inquérito corre em segredo de Justiça.
Na denúncia, a Siemens aponta que as empresas Alstom (França), Bombardier (Canadá), Mitsui (Japão) e CAF (Espanha) eram as que operavam em cartel no país.
Polícia Federal em São Paulo já havia pedido na semana passada que a Justiça Federal mandasse a apuração aos tribunais superiores.

A procuradora Karen Louise Kahn, do Ministério Público Federal, manifestou-se contra o envio do inquérito da Siemens para tribunais superiores. Para ela, não havia indícios ou provas suficientes contra os políticos com foro privilegiado citados nos depoimentos da investigação.
O pedido havia sido feito pelo delegado da Polícia Federal Milton Fornazari Junior, que conduz as investigações em São Paulo, após depoimento do ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer. Ele fez acordo de delação premiada, que prevê a redução de pena para quem ajudar a desvendar o crime.
Rheinheimer citou só indícios de que tucanos teriam recebido propina do consultor Arthur Teixeira, apontado como intermediador de repasses feitos por firmas como Alstom, Siemens e Bombardier. Em documento que depois disse ter sido manipulado, o ex-diretor dizia que o principal secretário do governador Geraldo Alckmin (PSDB), Edson Aparecido, e o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP) teriam recebido propina de Teixeira. Ambos negam.
Investigação
É apurado os crimes de corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro no inquérito. As investigações apontam que as empresas que concorriam nas licitações do transporte público paulista combinavam os preços, formando um cartel para elevar os valores cobrados, com a anuência de agentes públicos.
Em novembro, atendendo solicitação da Polícia Federal (PF), a Justiça Federal determinou o bloqueio de cerca de R$ 60 milhões em bens de suspeitos de participarem do esquema, como forma de garantir o ressarcimento dos valores desviados. Foram afetadas pela decisão três pessoas jurídicas e cinco pessoas físicas, incluindo três ex-diretores da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). A solicitação foi feita após a PF após tomar conhecimento que autoridades suíças, que também investigam as suspeitas de corrupção, encaminharam um pedido de cooperação internacional ao Brasil.
A combinação de preços entre as empresas que participaram de licitações para obras, fornecimento de carros e manutenção de trens e metrô de São Paulo também é alvo de investigação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), do Ministério Público Federal e do Ministério Público Estadual.
O cartel é investigado pela Operação Linha Cruzada, feita pelo Cade em conjunto com a Polícia Federal. A investigação teve início a partir de um acordo de leniência da empresa Siemens com o conselho, que permitiu que a empresa denunciasse as ilegalidades. Documentos e cópias de e-mails trocados entre funcionários da Siemens estão sendo analisados pelo Cade e pela Justiça.

Cardozo diz estar tranquilo para explicar atuação contra cartel
Alvo de ataques da oposição, o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) disse nesta terça-feira (10) que "está absolutamente tranquilo" para responder ao pedido de explicações da Comissão de Ética da Presidência sobre sua atuação na investigação do cartel que atuou em licitações do transporte em São Paulo e no Distrito Federal. O ministro reiterou que sempre agiu de acordo com a lei. "Não age contra ética quem cumpre a lei. E eu cumpri a lei", disse após encontro na Câmara.
Cardozo minimizou a decisão da Comissão de Ética. "O procedimento adotado é rigorosamente o correto diante de uma representação. Ela [comissão] tem que ouvir o objeto da representação. Encaminharei todas as explicações que já foram prestadas ao Congresso à consideração da comissão de ética. Estou absolutamente tranquilo", completou.
A Comissão de Ética da Presidência decidiu pedir explicações ao ministro sobre o caso. Trata-se de procedimento preliminar adotado pelo colegiado, que deu um prazo de dez dias para que o ministro apresente suas justificativas. A depender do que Cardozo disser, a Comissão poderá abrir processo para investigar a condução do caso. Cardozo é acusado por líderes do PSDB de fazer uso político das investigações sobre desvios no metrô paulista. O ministro disse ter repassado à Polícia Federal documentos que mencionam pagamento de propina pela Siemens, uma das empresas do cartel, a autoridades tucanas.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Complica a situação de Alckmin: Executivo alemão da siemens confirma propinoduto de R$ 16.milhões.




Quanto mais o governo Geraldo Alckmin (PSDB-SP) tenta abafar o propinão nos trens do Metrô e da CPTM mais vai se complicando.

Depoimento de um executivo alemão da Siemens na Polícia Federal admite que uma conta bancária irregular aberta no paraíso fiscal de Luxemburgo foi duto de dinheiro para doleiros no Brasil que operavam no esquema do Banestado. Só falta saber o destino final do dinheiro para quem estes doleiros operaram. 

Deu no Estadão:

Mark Willian Gough, alto executivo da Siemens na Alemanha, declarou à Polícia Federal que a multinacional suspeita que parte dos US$ 7 milhões (cerca de R$ 16 milhões) de uma conta no paraíso fiscal de Luxemburgo atribuída a Adilson Primo, seu ex-presidente no Brasil, foi usada para pagar propina a agentes públicos brasileiros. É a primeira vez que a Siemens, que denunciou o cartel no sistema metroferroviário de São Paulo e do Distrito Federal, fala oficialmente em propina.
(...)
Em 12 páginas ele detalhou as investigações da Siemens sobre a conta e relatou que a Justiça da Suíça o informou que parte dos recursos que transitaram pela conta de Primo foi parar em contas de um funcionário da reserva da Marinha e de doleiros que foram presos durante a investigação do caso Banestado - evasão de R$ 30 bilhões de dólares de empresários brasileiros no exterior nos anos 1990, via o antigo Banco do Estado do Paraná.
(...)
O executivo afirmou que a Siemens soube da conta em 2008, por meio de denúncia de um funcionário. Segundo ele, a conta "não estava registrada regularmente na contabilidade, não era declarada nos documentos oficiais e não era de conhecimento da empresa". Gough relatou que os US$ 7 milhões foram transferidos para Luxemburgo via contas da Siemens nos Estados Unidos e na Alemanha.

Ele contou que após descobrir as transações e questionar Primo e outros detentores da conta, a investigação chegou a um "dilema": ou os recursos tinham sido desviados para benefício do ex-presidente e diretores ou o dinheiro tinha sido usado para "pagar propina a agentes públicos, conforme informou o empregado que fez a denúncia sobre a conta", nos dizeres de Gough.

"Caso a primeira hipótese fosse confirmada, o depoente teria levado os fatos imediatamente às autoridades competentes do país da subsidiária", anotou a PF, citando o compliance. "Nesse caso, porém, como havia a possibilidade de os valores terem sido usados para propina, mas a empresa não tinha provas da participação de cada um dos envolvidos, o depoente pediu a seu chefe autorização para levar os fatos ao procurador de Luxemburgo e solicitar formalmente a abertura de uma investigação criminal."

No começo de 2011, a Siemens entregou os documentos ao procurador de Luxemburgo. A investigação, disse Gough, mostrou que parte dos ativos recebida por empresas offshores em paraísos fiscais.

A Justiça da Suíça informou que valores foram transferidos para três contas de brasileiros, uma delas de Marcos Honaiser, oficial reformado da Marinha, que também foi membro da Comissão Nacional de Energia Nuclear. As outras duas contas são de escritórios dos doleiros Antonio Pires de Almeida e Ana Lucia Pires de Almeida, ambos falecidos, Paulo Pires de Almeida, Raul Henrique Srour e Richard Andrew Van Oterloo.(...)

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

2,5 Bilhões o RS pagou a União em 2011 pela Dívida. O contrato deve ser modificado pela votação do Senado!

1) Qual a origem histórica da dívida pública do RS?

Por muitos anos, desde o início do século XX, o desenvolvimento do Brasil, assim como de outros países, foi em grande medida financiado por empréstimos feitos pelos governos. O déficit público (gastar mais que arrecadar) era comum, e não havia maiores consequências, porque o capital era farto e os juros baixos. O mesmo aconteceu com os Estados brasileiros, entre eles o Rio Grande do Sul.
A partir da década de 70, principalmente a partir da crise do petróleo, o capital se tornou mais escasso e houve um grande crescimento das taxas de juros, o que fez explodir a dívida de muitos países, alguns dos quais (Argentina, México, etc.) se tornaram insolventes. O Brasil passou por uma situação difícil, e foi por muito tempo tutelado pelo Fundo Monetário Internacional, o FMI.
A dívida do Rio Grande do Sul, contraída principalmente nas décadas anteriores, também cresceu nesse período, porque o Estado gastava mais que arrecadava e pagava juros cada vez maiores.

2) Por que o Governo do RS contraiu uma dívida tão grande com a União?

O RS, como os outros Estados, possuía uma grande dívida mobiliária, ou seja, dívida composta por títulos públicos que lançou no mercado. Com as modificações econômicas introduzidas a partir do Plano Real, que almejavam o combate à inflação e e controle dos gastos públicos, não havia espaço para que os Estados continuassem a lançar seus títulos, pois isso poderia acarretar a falência do plano. Por este motivo a União comprou suas dívidas, refinanciou-as em 30 anos e estabeleceu regras fiscais e econômicas aos Estados para se ajustarem à política financeira nacional, o que fez a partir das regras da Lei 9.496/97.

3) Quais são os pontos principais do contrato da dívida?

O contrato da dívida do RS foi assinado em 1998. As principais cláusulas estabelecem uma correção monetária medida pelo IGP-DI; uma taxa de juros nominal de 6% ao ano (ou taxa efetiva de 6,17% ao ano); e um sistema de amortização pela Tabela Price. O prazo de pagamento é de 30 anos, e o valor dos pagamentos mensais não pode ser superior a 13% da receita líquida real. Caso a parcela extrapole esse limite, será formada uma conta resíduo, a ser paga depois dos 30 anos, desta vez num prazo de dez anos, com os mesmos critérios de correção e juros, mas sem nenhuma limitação ao valor das parcelas.

4) Como evoluiu a dívida depois do contrato com a União?

Em 1998, o RS contratou um empréstimo de R$ 10 bilhões; até 2011 havia pago R$ 15 bilhões e permanecia com a dívida de R$ 40 bilhões. Descontada a inflação, o valor inicial foi de R$ 23 bilhões, os pagamentos foram de R$ 21 bilhões e o saldo é de 40 bilhões, num crescimento de cerca de 70%. Isso aconteceu por vários motivos: o índice de correção utilizado foi superior à inflação oficial nos anos iniciais do contrato, principalmente entre 1999 e 2002; os juros de 6,17% ao ano são elevados; a receita do RS foi insuficiente para pagar a integralidade das parcelas. Entre 1999 e 2011, os encargos somaram 589%, enquanto a inflação oficial brasileira foi de 133%.
Para se ter uma ideia de como a dívida não reduz, em 2011 o Estado pagou à União R$ 2,5 bilhões, mas a dívida aumentou de R$ 37 bilhões para R$ 40 bilhões.

5) Se o RS não conseguir pagar a dívida em 30 anos, o que acontece?

O grande problema do Estado, caso não consiga quitar a dívida até 2028, é a chamada conta resíduo. Ocorre que o limitador de 13%, imposto para pagamento das parcelas da dívida, desaparece quando se trata de pagar a conta resíduo. Desta forma, o comprometimento financeiro do Estado será ainda maior do que é hoje e, consequentemente, faltarão mais recursos para investimento.

6) Por que o contrato deve ser modificado?

O contrato deve ser modificado para restabelecer o equilíbrio entre as partes, principalmente por dois motivos: (1) os encargos iniciais, principalmente o índice de correção escolhido, elevaram demasiadamente a dívida já no seu início (de 1999 a 2003 o IGP-DI aumentou 83,86%, enquanto o IPCA, índice oficial da inflação, aumentou somente 39,87%), e com isso impediram a sua redução posterior; (2) o contrato, firmado numa época de juros altos, prevê os mesmos índices por 40 anos, mas hoje os juros praticados pela União são muito inferiores (por exemplo, a SELIC e a TJLP são muito inferiores ao IGP-DI + 6,17%).

7) Os outros Estados ou municípios brasileiros também são devedores?

Sim. Os únicos Estados que não refinanciaram suas dívidas foram Amapá e Tocantins. E há, ainda, municípios que contrataram o refinanciamento, como é o caso do município de São Paulo. Portanto, esse não é um problema apenas do RS, mas praticamente de todo o país. Todavia, entre os Estados, a dívida do RS é a quarta em números absolutos, atrás apenas de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, e a maior em números relativos, porque é a única superior a duas arrecadações anuais do Estado.

8) Qual o impacto que a dívida tem sobre a vida das pessoas?

Em 2011, o RS pagou R$ 2,5 bilhões à União, e só lhe sobraram para investimentos R$ 1,1 bilhão. A falta de recursos estaduais para investimento impacta sobremaneira na vida de todos. Quando faltam recursos, o Estado não tem como incrementar serviços essenciais à sociedade como: educação, saúde, segurança, infraestrutura, criação de empregos, transporte, rodovias, etc. Como grande parte dos recursos arrecadados pelo Estado está sendo canalizado para o pagamento da dívida, a população gaúcha sofre os impactos dessa conta.

9) Por que é importante o movimento Dívida do RS: Vamos passar a limpo essa conta!?

Como o problema atinge a todos, direta ou indiretamente, é fundamental que o Governo Federal perceba a mobilização de toda a sociedade em torno do tema. Esta não é uma luta apenas de Governadores e Prefeitos: estamos todos preocupados com o futuro de seus entes federativos. Nosso movimento, composto por dezenas de entidades dos mais diversos setores da sociedade civil (clique AQUIi para conhecer as entidades), possui capacidade e responsabilidade de representar os anseios da população gaúcha no que tange a um Estado forte e com futuro promissor.

10) Como posso ter mais informações sobre a dívida do RS?

No site do movimento Dívida do RS: Vamos passar a limpo essa conta! é possível ter acesso ao texto da Lei 9.496/97, ao contrato da dívida e a vários documentos de análise sobre a sua evolução. Basta voltar à página inicial deste saite e clicar em “documentos” ou então clicar diretamente AQUI.

11) Como posso aderir ao movimento Dívida do RS: Vamos passar a limpo essa conta!?

Você pode assinar o abaixo-assinado da dívida (clique AQUI) e participar dos eventos públicos do movimento (para se informar, clique AQUI). Se você participa de alguma entidade da sociedade civil, pode promover a adesão de sua entidade ao movimento, enviando um e-mail para contato@dividapublicars.com.br.