quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Para que serve cada uma das portas em seu PC?


A traseira de seu PC está lotada de portas onde você pode plugar periféricos e cabos variados. Siga nosso guia e descubra a função de cada um delas.
Olhe atrás de seu PC, e você provavelmente irá encontrar um monte de portas onde pode plugar uma variedade de dispositivos. Mas algumas delas podem ser obscuras, e num mundo onde o USB é a estrela é fácil esquecer que existem outras formas de conectar periféricos ao computador. Mesmo o USB já não é mais o que era antes.
Neste guia vamos apresentar todos os tipos de portas que você poderá encontrar em um PC, bem como seus possíveis usos. Vamos começar com as mais modernas, e retroceder aos poucos. No final, falaremos sobre as portas que você poderá encontrar em futuros PCs.
Embora os exemplos que mostramos aqui tenham sido baseados em um PC desktop, boa parte destas portas pode ser encontrada também em notebooks.
As muitas faces do USB
O USB era algo simples. Você tinha o USB 2.0 e.... só isso. Portas USB 1.0 existiram por um breve período de tempo, mas depois que o USB 2.0 foi lançado, com largura de banda significativamente maior, ele foi amplamente adotado e varreu o antecessor do mapa. E como todo padrão amplamente adotado, variantes começaram a aparecer. Vamos conhecer alguns dos “sabores” de USB que você pode encontrar e suas características.
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Portas USB 2.0
USB 2.0 padrão: esta é a porta USB mais comum, que qualquer usuário de PC vê no dia-a-dia. Mouses, teclados, HDs, drives ópticos e praticamente qualquer outra coisa podem ser encontrados em versões com conectores USB que são plugados a uma destas portas. Mesmo depois do surgimento do USB 3.0 (também chamado SuperSpeed USB) esta ainda é a conexão mais versátil.
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USB 2.0 com "auto-instalação". Há um botão ao lado da porta
Porta USB 2.0 com “auto-instalação da BIOS”: é uma variante peculiar encontrada em algumas placas-mãe produzidas pelas ASUS. É a princípio uma porta USB 2.0 comum, e pode ser usada como tal. Mas também pode ser usada para automatizar a instalação (ou atualização) da BIOS da máquina.
Você precisa copiar um utilitário (junto com a BIOS que quer instalar) para um pendrive, e plugá-lo a esta porta. Aí é só apertar o botão ao lado dela assim que o PC for ligado e a BIOS será instalada. É um recurso “de nicho”, feito para os usuários mais avançados que podem ter encontrado algum problema após um overclock severo ou outra modificação do sistema que impediu um boot “normal” da máquina.
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USB 2.0 com energia extra: portas vermelhas
USB 2.0 com energia extra: estas portas, de cor vermelha, são encontradas em placas-mãe feitas pela ASUS, Gigabyte e alguns outros fabricantes. Elas fornecem mais energia do que as portas USB normais (por padrão limitadas a 500 mA), para carregar smartphones e tablets. É uma resposta a aparelhos como o iPad, que não recarregam a bateria quando conectados a um PC porque exigem mais corrente do que uma porta USB 2.0 comum pode fornecer.
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USB 3.0: portas azuis
USB 3.0: é a mais nova versão do USB, também chamada de SuperSpeed USB e capaz de trafegar dados a até 625 MB (5 gigabits) por segundo. Portas USB 3.0 tem cor azul e são compatíveis com dispositivos USB 2.0, mas nesse caso a velocidade fica limitada aos 60 MB (480 Megabits) por segundo do padrão anterior. Cabos USB 3.0 são internamente diferentes dos cabos USB 2.0, então certifique-se de estar usando o cabo certo com aquele seu HD externo novinho em folha se quiser tirar proveito de toda a velocidade extra.
eSATA: parece redundante, mas pode ser útil
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eSATA: alta-velocidade no acesso a HDs externos
Armazenamento externo em alta velocidade é algo crítico ao editar e arquivar vídeo digital e fotografias em RAW. A tecnologia eSATA foi criada para fornecer uma alternativa mais rápida ao USB 2.0, antes do surgimento do USB 3.0. Usada apenas em dispositivos de armazenamento (HDs e drives óticos) ela pode transferir dados a até 6 Gigabits por segundo. Alguns notebooks tem um conector USB híbrido, que aceita tanto um dispositivo USB quanto um eSATA.
Conexões de rede
A forma mais óbvia de conexão em rede em um PC desktop é a porta Ethernet, onde pode ser plugado um cabo de rede com conector no padrão RJ45 (o popular “cabo azul da internet”). 
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Porta Ethernet
Hoje são comuns PCs com interfaces “Gigabit Ethernet”, capazes de trafegar dados a até 1 Gigabit (128 MB) por segundo, cerca de 3 vezes mais rápidas que uma conexão Wireless 802.11n e ideais para quem precisa transferir grandes quantidades de dados. Entretanto, ainda há máquinas com interfaces “10/100”, capazes de trafegar no máximo 12 MB por segundo. Em ambos os casos, a porta e o conector são idênticos.
Som na caixa: portas de áudio
Nos velhos tempos era preciso adquirir uma “placa de som” (como a Sound Blaster 16) para reproduzir e gravar áudio em seu PC. Os micros modernos tem sistema de som e as várias portas relacionadas já integradas à placa-mãe.
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Portas analógicas para áudio
Portas analógicas: são as mais usadas, e codificadas por cor para que você saiba onde plugar cada componente (caixas de som, microfone, subwoofer, etc). Se você é um dos raros usuários com um sistema de som com múltiplos canais no PC, provavelmente usará três ou quatro destas portas: geralmente a verde, preta, laranja e cinza. Microfones são plugados na porta rosa, e a azul é a entrada de linha. Se você tem simples caixas de som estéreo, ligue-as na porta verde.
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Toslink S/PDIF: áudio digital
Toslink SPDIF: som analógico não é a única opção. Alguns PCs também tem saída de áudio digital usando uma porta Toslink S/PDIF. Toslink é uma conexão que usa um cabo de fibra óptica desenvolvida originalmente pela Toshiba (daí o “Tos” no nome). S/PDIF significa “Sony/Philips Digital Interface” e é um sistema de sinalização que pode funcionar sobre Toslink ou cabos de cobre. Tem largura de banda suficiente para som estéreo sem compressão, mas a compressão é necessária para áudio multicanal.
Outras formas de conexão digital de áudio são possíveis. Alguns aparelhos, como headsets, são capazes de enviar e receber áudio digital via USB. Portas HDMI e DisplayPort 2.0 também podem transportar áudio digital, além de sinais de vídeo.

Vídeo: o passado, o presente e o futuro
De todos os tipos de portas, as de vídeo são as que parecem ter a maior vida útil. Sempre me surpreendo quando desembalo um monitor Dell novinho e encontro um cabo VGA pré-conectado. Em que século estamos mesmo?
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VGA: entre nós desde 1987
VGA (Video Graphics Array): PCs com gráficos integrados ainda tem portas VGA, e a maioria dos monitores no mercado também, embora estejamos finalmente vendo alguns modelos dispensarem este padrão ancião (ele estreou em 1987). Atualmente é raro ver placas de vídeo que trazem esta porta, embora a maioria ainda inclua na embalagem um adaptador DVI-VGA, caso você precise dele.
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DVI: a primeira digital, mas no fim da vida
DVI (Digital Visual Interface): chegou ao mercado em 1999, e foi a primeira conexão digital para monitores de PC amplamente utilizada. Intel, AMD e vários outros fabricantes já anunciaram que irão abandonar o suporte a esta tecnologia em 2015, em favor da DisplayPort para conexão a monitores, e HDMI para conexão a TVs de alta-definição.
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Display Port: múltiplos monitores em uma só porta
Display Port: esta porta pode parecer redundante dada a existência das portas HDMI, mas ela tem na manga alguns truques inexistentes no “concorrente”. O licenciamento é um deles: o padrão é licenciado pela VESA, um órgão da indústria de tecnologia, e não exige que os fabricantes paguem royalties pela implementação. Em interfaces Display Port 1.2 é possível encadear até dois monitores com grande largura de banda, e o padrão prevê “hubs” para a conexão de ainda mais monitores. Ele também suporta bitrates até duas vezes maiores que o HDMI, permitindo a criação de monitores de resolução muito alta. Cabos Display Port também podem transportar sinais de áudio, até oito canais no total, com uma largura de banda de 49 Megabits por segundo.
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Mini Display Port: criada pela Apple
Mini Display Port: uma variante do DisplayPort com conector menor, originalmente utilizado pela Apple mas incluso como parte da especificação DisplayPort 1.2. É comum em placas de vídeo que utilizam GPUs AMD Radeon HD nas séries 6000 e 7000. 
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HDMI: padrão em TVs de alta-definição
HDMI (High Definition Multimedia Interface): porta padrão em TVs de alta-definição, e muito usada para plugar PCs, tablets e smartphones a elas. O padrão HDMI 1.4a tem largura de banda suficiente para uma tela com resolução de 1080p operando a 120 quadros por segundo, adequada para jogos e vídeos em 3D. Cabos HDMI também são capazes de transportar um sinal de áudio.
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Mini HDMI: rara nos PCs
Mini-HDMI: menos comum nos PCs, e mais popular em eletrônicos de consumo como câmeras digitais. Pode ser encontrada em algumas placas de vídeo com GPUs Nvidia GeForce da série 500. Tipicamente, um adaptador mini-HDMI para HDMI é incluso com a placa.
As veteranas
Há um grande número de portas que ainda aparecem em algumas máquinas, mas que são raramente usadas pela maioria dos usuários domésticos. Algumas são úteis em empresas, que tem que suportar hardware mais antigo que ainda é usado por alguns aplicativos legados.
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PS/2: para mouse e teclado
Porta PS/2 para mouse ou teclado: é o mais comum entre as portas antigas. A maioria das placas-mãe com portas PS/2 tem duas delas, embora em alguns casos haja apenas uma, como na foto acima. Por convenção o teclado é plugado na porta roxa, e o mouse na verde (os conectores usam cores correspondentes, para evitar confusão). 
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FireWire: útil se você trabalha com vídeo digital
FireWire (IEEE 1394): outra porta bastante comum, mas rara nas placas-mãe mais modernas. Útil se você tem filmadoras mais antigas, um iPod da primeira geração ou equipamento de áudio profissional.
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Paralela: algumas impressoras ainda usam
Porta paralela: ainda encontrada ocasionalmente, mesmo nas placas-mãe mais modernas. É geralmente usada para conexão de uma impressora, embora poucas façam uso dela hoje em dia. Entretanto ainda é útil com dispositivos legados comuns em empresas, como sistemas de ponto de venda (POS) e impressoras fiscais.
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Serial: usada por sensores e instrumentação
Porta serial: conector em forma de D com 9 pinos, quase impossível de encontrar em um PC moderno. A foto acima é de uma velha placa-mãe com um processador Pentium 4. Apesar disso há um grande número de instrumentos de laboratório, sistemas de ponto de venda e hardware especializado (como sensores remotos e sistemas de controle industrial) que ainda as utilizam. Hoje em dia é possível comprar “adaptadores” que se plugam a uma porta PCI na máquina e trazem uma porta serial, ou em alguns casos usar um adaptador Serial-USB, para se comunicar com estes aparelhos.

O futuro
Não mostramos algumas portas que você provavelmente verá em PCs neste próximo ano, e que já existem em alguns Macs. Um exemplo é a Thunderbolt, uma nova interface serial de alta velocidade que já apareceu em alguns computadores da Apple. É provável que veremos portas Thunderbolt em PCs baseados nos processadores Ivy Bridge, da Intel, que devem chegar às lojas à partir da segunda metade deste ano.

Thunderbolt. A tecnologia E/S mais avançada.

Thunderbolt é uma tecnologia de E/S revolucionária compatível com monitores de alta resolução e dispositivos de dados de alto desempenho através de uma única porta compacta. Ela redefine o conceito de expansão e já vem no Mac.

Uma porta pequena, mas com inúmeras possibilidades.

Disponível em todo Mac novo, a tecnologia Thunderbolt permite acessar uma grande variedade de periféricos de alta velocidade e monitores de alta resolução com uma única porta e um cabo que transporta dados via DisplayPort e PCI Express.
E agora com Thunderbolt 2 em cada Mac Pro e MacBook Pro com tela Retina novo, você conecta os monitores 4K de alta resolução mais recentes e ainda conta com o dobro de largura de banda para os seus periféricos. Todas as gerações da tecnologia Thunderbolt são compatíveis entre si.

Desempenho e expansão mais rápidos e mais inteligentes.

PCI Express é a tecnologia que conecta todos os componentes de alto desempenho a um Mac. E ela foi incorporada à tecnologia Thunderbolt, o que significa que você já tem a velocidade PCI Express. Com Thunderbolt, todos os dispositivos externos como arrays RAID e soluções de captura de vídeo podem ser conectados com o computador em operação e mudados de um Mac para outro sem problema.

E/S de alto desempenho

  • Canal um10Gb/s
    Canal dois10Gb/s
    Thunderbolt
  • 5Gb/s
    USB 3
  • 2,5Gb/s
    ExpressCard
  • 800MB/s
    FireWire 800
  • 480MB/s
    USB 2
A tecnologia Thunderbolt oferece dois canais no mesmo conector, com taxa de transferência de 10 Gbps em ambas as direções. Ultrarrápida e ultraflexível, a Thunderbolt 2 chega a 20Gb/s. Os dados entre os periféricos são transportados até 20 vezes mais rapidamente do que via USB 2 e até 12 vezes mais rapidamente do que via FireWire 800. É largura de banda mais do que suficiente para encadear vários dispositivos em alta velocidade e sem necessidade de um hub ou switch. Por exemplo, você consegue conectar vários discos externos de alto desempenho, um dispositivo de captura de vídeo e até mesmo um monitor a uma única cadeia Thunderbolt, mantendo a mesma taxa de transferência alta.
A expansão não se limita mais ao espaço dentro do seu Mac. Agora você pode conectar suas placas PCI Express usando um chassi Thunderbolt. Conecte vários chassis para ter muito mais placas do que seria possível em um computador com um número fixo de slots de expansão. Com a tecnologia PCI Express você usa os periféricos USB e FireWire existentes e até se conecta a redes Gigabit Ethernet e Fibre Channel usando adaptadores simples.

Maior desempenho até na tela.

Com a Thunderbolt 2 você conecta os monitores 4K mais recentes. Na verdade, com o Mac Pro, você consegue conectar até três monitores 4K ao mesmo tempo. E como a base da Thunderbolt é a tecnologia DisplayPort, ela é compatível com os monitores Apple Thunderbolt Display Mini DisplayPort. Para conectar um monitor DVI, HDMI ou VGA, basta um adaptador.
Nenhum projeto é grande demais.
Se você for editor de vídeo, imagine usar só uma porta para conectar armazenamento de alto desempenho, monitor 4K de alta resolução e dispositivos de captura de vídeo com alta taxa de quadro para cuidar de toda a pós-produção de um filme. A tecnologia de E/S Thunderbolt permite que você encadeie até seis periféricos Thunderbolt, inclusive um Apple Thunderbolt Display, um RAID Promise Pegasus RAID e um disco LaCie 2Big
Como Thunderbolt é padrão em cada Mac, você consegue compartilhar periféricos de alto desempenho entre computadores Mac. Como o OS X Mavericks é compatível com IP sobre Thunderbolt, você consegue usar um cabo Thunderbolt para criar um link de 10GB/s rápido entre seus computadores Mac.
Toda essa potência e transferência de dados super-rápida trafegam pelo Apple Thunderbolt Cable, um dos cabos mais avançados feitos até hoje. Nenhum outro cabo simples consegue fazer tanto e com tanta velocidade. Não são só os dispositivos que ele conecta que são de alto desempenho, ele também é. A tecnologia Thunderbolt também é três vezes mais potente que USB 3, oferecendo 10 watts de potência a periféricos como SSDs externos para melhor desempenho, mesmo em trânsito. Com cabos com meio metro a dez metros de comprimento, há várias opções de escolha.
A boa notícia é que a quantidade de portas realmente necessárias na traseira de um PC irá provavelmente ser reduzida com o passar do tempo. Mesmo máquinas com vídeo integrado provavelmente terão apenas uma porta DisplayPort e uma HDMI para vídeo, além de uma porta ThunderBolt, várias portas USB 3.0 e portas de áudio e rede. A simplificação é uma boa coisa, já que o espaço na traseira dos PCs está ficando escasso, especialmente no caso dos modelos mais compactos

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