domingo, 26 de outubro de 2014

Eleição mais acirrada em 25 anos termina com expectativas

Rio de Janeiro/Belo Horizonte - A eleição mais acirrada nos últimos 25 anos levou neste domingo milhões de eleitores às urnas, em meio à grande expectativa sobre o vencedor na disputa entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e o candidato do PSDB, Aécio Neves.
A votação chegou ao fim às 17h (horário de Brasília) nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além do Distrito Federal, que adotam o horário de verão. Pouco depois das 20 horas, quando fecham as últimas urnas no Acre, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já era possível ver as condições mais positivas de Dilma em reeleger-se na corrida presidencial.
A presidente e Aécio votaram pela manhã e expressaram confiança na vitória. Os dois travaram uma disputa marcada por ataques de ambas as partes e na qual ambos chegaram ao dia decisivo com chances de vitória.
As últimas pesquisas de intenção de voto, divulgadas no sábado, não apontaram um favorito claro, apesar da vantagem numérica de Dilma.
O Datafolha mostrou os dois candidatos em empate técnico, com o placar favorável a Dilma com 52 a 48 por cento. Pelo Ibope, a vantagem da petista chegou a 6 pontos percentuais, com resultado de 53 a 47 por cento.
Dilma votou pouco após a abertura das urnas, às 8h da manhã (horário de Brasília), em Porto Alegre.
A candidata petista reconheceu o clima hostil da campanha, mas disse discordar das opiniões de que a eleição "foi inteiramente" uma campanha em que prevaleceu o "baixo nível".
"Acho que teve momentos lamentáveis, uso de formas de tratamento indevidas, e inclusive acredito que isso foi rejeitado pela população", disse Dilma, que tomou chimarrão oferecido por um dos mesários.
Ela votou acompanhada do candidato petista à reeleição ao governo do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, e depois seguiu para Brasília.
O tucano Aécio votou por volta das 10h30 em Belo Horizonte, acompanhado da mulher e em meio a um grande tumulto causado por sua chegada à seção eleitoral.
O ex-governador de Minas Gerais disse que a primeira tarefa, caso fosse eleito, seria "unificar o país" após a disputa eleitoral, e acrescentou estar "tranquilo e confiante", apesar de aparecer numericamente atrás de Dilma nas pesquisas. Aécio  aguardou o resultado do pleito em Minas Gerais.
Desde 1989, quando Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrentou Fernando Collor de Mello (PRN) no segundo turno, na primeira eleição direta para presidente depois da ditadura militar, os brasileiros não iam às urnas com tantas incertezas sobre quem venceria o pleito.