domingo, 29 de setembro de 2013

Entenda as diferenças entre 3G e 4G

Aparelhos Android são os desbravadores das redes 4G

A nova geração das redes de conectividade móvel já está disponível em algumas das principais operadoras de celular americanas. Sprint, T-Mobile e Verizon comercializam planos com diferentes tecnologias e características, mas o foco ainda não é em celulares e sim em modems USB.
Porém, como toda tecnologia recente, é importante entender quais são as reais vantagens e desvantagens em relação ao sistema vigente, e este artigo vai ajudar você, leitor do Baixaki, a escolher melhor seu sistema assim que o 4G chegue ao Brasil. Estar bem informado de antemão, afinal, é uma das receitas para economizar.

O que é 4G?

A alcunha da quarta geração de tecnologia celular – falando de forma estrita – só existe comercialmente. O “4G” utilizado pelas operadoras americanas é, na verdade, um nome para agrupar as tecnologias WiMAX (usado pela Sprint), LTE (já disponibilizado pela Verizon e, mais tarde, pela T-Mobile) e HSPA+ (T-Mobile e AT&T).
Operadoras americanas investem em tecnologia 4G
Essa ressalva é importante porque nenhuma das operadoras atendia aos pré-requisitos definidos pela “International Telecommunications Union” (ITU – União Internacional de Telecomunicações) da ONU. Graças à confusão gerada pelo uso da nomenclatura 4G, a ITU se viu obrigada a relaxar as exigências e, atualmente, essas redes já cumprem o mínimo necessário.

Requerimentos básicos

Inicialmente, para uma operadora poder anunciar que dispõe de uma rede 4G, é necessário que equipamentos usando o sistema atinjam  velocidades de conexão entre 100 Mbps (em alta mobilidade) e 1 Gbps (em curto alcance da antena).
Após o relaxamento das exigências da ITU – uma vez que nenhuma operadora que vendia redes “4G” atendia esse requisito – o mínimo de velocidade aceitável no padrão é de 1 Mbps, com o máximo já obtido em torno dos 200 Mbps. Em média, as operadoras anunciam velocidades em torno de 5 Mbps como o esperado de suas redes 4G.

Comparando com o 3G

Em termos de velocidade o padrão 4G, após a diminuição de requisitos pela ITU, não se diferencia do 3G já utilizado em velocidades mínimas. Ambos atingem 1 Mbps, sendo que dificilmente o 3G ultrapassa a marca dos 2 Mbps.
Analisando os números, então, pode-se concluir que mesmo após o rebaixamento da expectativa de velocidade, as redes 4G podem chegar a ser de 4 a 100 vezes mais rápidas que o sistema atualmente em uso.

A parte ruim

Apesar de ainda não atingirem velocidades extremas como inicialmente previsto para o padrão 4G, as redes de alta velocidade que recebem este selo já são versões portáteis das conexões de banda larga domésticas.
Em especial quando se compara com o padrão 3G vigente, entretanto, as redes 4G também apresentam problemas sérios. Como não é possível saber – ainda – todos os pontos negativos das novas tecnologias, o Baixaki conta agora aqueles pontos principais que certamente influenciarão nas vendas e na aceitação do 4G.

Na tomada

Conexão 4G drena a bateria de um smartphone muito rapidamente
O consumo de bateria é um dos mais graves problemas dos aparelhos 4G. Assim como os smartphones 3G não aguentam dias longe da tomada como aparelhos de tecnologia mais antiga, a nova safra de aparelhos tende a durar ainda menos na bateria.
Enquanto aparelhos atuais conseguem – com uso moderado – passar até dois dias sem recarregar, se os celulares 4G usassem baterias da mesma capacidade, a duração de cada carga dificilmente ultrapassaria as 6 horas de utilização.

No bolso

A menor duração da bateria de um smartphones 4G exigiu dos fabricantes solução não muito elegantes. A maneira mais simples para resolver o ciclo de carga dos aparelhos foi aumentar a quantidade de células na bateria, dessa forma esticando o tempo de funcionamento.
Aparelhos 4G são mais pesados do que smartphones 3G
Fonte da imagem: Divulgação / Samsung
Porém, mais células significam mais espaço e mais componentes e, portanto, mais peso. Os aparelhos 4G disponíveis atualmente são menos confortáveis do que celulares 3G justamente por causa deste aumento de peso.

Em casa

Outra limitação crítica das redes 4G não é culpa da tecnologia em si, mas da maneira como ela está sendo aplicada pelas operadoras. Quase todas as empresas estão ocupando bandas de frequência muito alta (2500 MHz ou mais) com os dados 4G.
Isso significa que as ondas que transportam os muitos bits do padrão não conseguem penetrar de maneira eficiente em concreto, tijolos e outros obstáculos. Em resumo, para que o sinal do seu aparelho seja útil em casa, as operadoras devem investir muito mais na instalação de antenas.

Na carteira

Novas tecnologias sempre são mais caras. Desconsiderando promoções e subsídios de operadoras, o preço dos aparelhos 4G tende a ser bem maior do que os praticados para telefones 3G. Isso se deve, principalmente, à necessidade de instalação de antenas e outras peças de infraestrutura para resolver o problema de funcionamento da rede mencionado no tópico anterior.

Pagar para ver

Com todas as suas qualidades e defeitos, a tecnologia 4G é certamente o futuro da conexão móvel. Mais cedo ou mais tarde, os problemas mencionados neste artigo serão resolvidos – ou contornados – e inevitavelmente todos precisarão migrar do 3G.
Streaming de vídeo é apenas uma das atividades que será facilitada pelo 4G
Fonte da iamgem: Divulgação / HTC

Assim como aconteceu com a passagem dos celulares analógicos para os digitais e com a adoção dos chips GSM, o 4G também será utilizado por todos. A nós, usuários, resta apenas esperar e torcer para que, quando as velocidades extremas das redes 4G chegarem aqui no Brasil, os problemas existentes hoje já estejam superados.


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