Um dia após a ocupação da Rocinha pelas forças de segurança, o clima é tranquilo nesta segunda-feira (14) na comunidade, localizada na zona sul do Rio de Janeiro. Neste domingo (13) a Polícia Federal promoveu a chamada Operação Choque de Paz, que resultou na ocupação das favelas da Rocinha, do Vidigal e da Chácara do Céu, dominadas pelo tráfico há mais de 30 anos.
A operação, com 3.000 homens e blindados da Marinha, ocorreu um ano após a do complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro que possibilitou a instalação das primeiras Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). Estas UPPs fazem parte da estratégia do governo do Rio de assegurar a segurança dos turistas que estarão na cidade na Copa do Mundo de 2014.
Com a ocupação da Rocinha, o governo deverá instalar a 19ª UPP na cidade. “Estamos mudando um paradigma e libertando essas comunidades do jugo do tráfico”, disse o secretário da Segurança do Rio, José Mariano Beltrame.
Prisão de “Nem”
Em entrevista ao jornal Bom Dia Brasil, da TV Globo, nesta segunda-feira, Beltrame disse que o traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem, preso na última quinta-feira (10) pode ajudar a elucidar casos de corrupção envolvendo policiais civis e militares.
Ele qualificou o o depoimento do traficante Nem como uma “oportunidade importantíssima” e não descarta o oferecimento de alguma medida judicial para que Nem contribua com a Justiça e a polícia. Para o secretário, a Operação de Choque de Paz foi “um trabalho de inteligência e não de guerra”.
Com informações da Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e Agência Brasil
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