sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Plano de Segurança começa em Porto Alegre sem reforço da Força Nacional

Expectativa era que mais 129 policiais viessem ao Rio Grande do Sul.
Conforme o Ministério da Justiça, contingente está focado no ES e RJ.


O Plano de Segurança Nacional teve início oficialmente em Porto Alegre nesta quarta-feira (15), entretanto, sem reforço de mais agentes da Força Nacional. A expectativa era que mais 129 policiais viajassem para a capital gaúcha. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o novo contingente só deve ir para o Rio Grande do Sul após as situações no Espírito Santo e no Rio de Janeiro serem resolvidas.

Conforme a SSP, a situação nos dois estados demandou "uma atenção em caráter emergencial" do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A prorrogação da vinda de novos agentes foi informada na terça-feira (15) pelo secretário Nacional de Segurança Pública, Celso Perioli ao titular da SSP, Cezar Schirmer.
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Sartori anuncia pacote de medidas contra crise no RS (Foto: Reprodução/RBS TV)Sartori salienta que "foco" da Força Nacional
é o Espírito Santo (Foto: Reprodução/RBS TV)
Em Brasília, o governador José Ivo Sartori salientou nesta quarta que o "foco" da Força Nacional é o Espírito Santo. "Tenho certeza de que em pouco tempo teremos a presença da Força Nacional de Segurança", observou em Brasília o governador José Ivo Sartori. O chefe do Executivo salientou que está sendo feito um trabalho conjunto para "diminuir a sensação de insegurança" no estado.

Já o Ministério da Justiça informou, por nota, que o envio do novo contingente foi adiado "em razão dos fatos graves ocorridos no Espírito Santo e no Rio de Janeiro", o que exigiu o envio de reforços para os dois estados.

"Apesar disso, já há, porém, equipes da Força Nacional atuando em Porto Alegre em apoio à Polícia Civil na investigação de homicídios, e para reforçar o policiamento ostensivo, em apoio à Brigada Militar. Assim que possível, serão enviadas mais equipes", complementou o Ministério da Justiça em nota.

Força chegou em agosto de 2016
Em agosto do ano passado, 120 agentes da Força Nacional chegaram a Porto Alegre após um latrocínio de uma mulher, que resultou na saída do ex-secretário da segurança, Wantuir Jacini

Entretanto, em janeiro deste ano o efetivo se reduziu para 71 agentes. Na época, o então chefe do Comando de Policiamento da Capital (CPC), tenente-coronel Mario Ikeda, afirmou que a diminuição do efetivo ocorreu gradativamente e geralmente se deve a dois motivos: a pedido dos soldados, por questões pessoais, ou quando o estado de origem dos agentes solicitam o retorno deles.
Plano de Segurança prevê mais ações
Além de mais agentes da Força Nacional, o Plano da Segurança prevê outras ações para o Rio Grande do Sul. Entre eles, está a liberação de recursos para a construção de um presídio federal, como foi anunciado pelo presidente Michel Temer.
Na próxima semana, segundo o órgão, deve iniciar o trabalho de integração de informações dos dados dos organismos de segurança federais e estaduais. Por isso, quatro servidores da Secretaria Nacional de Segurança Pública farão reuniões periódicas com os responsáveis pelos dados no governo do Rio Grande do Sul, para acompanhar e coordenar o trabalho.

Ainda segundo o Ministério da Justiça, também serão enviados peritos e policiais para a formação de uma força-tarefa de 90 especialistas para a investigação de homicídios, femicídios e casos de violência contra a mulher.
Também devem ir ao estado a Força de Intervenção Penitenciária, formada por agentes penitenciários, que está atuando em Natal; e a Força-tarefa da Defensoria Pública, que está no Amazonas, fazendo a verificação da situação dos presos para determinar casos em que possa haver progressão das penas.
Entre os pontos principais do plano estão recursos para melhorias no sistema penitenciário, com previsão de construção de duas novas prisões, uma delas de segurança máxima.

Ainda dentro do planejamento para o sistema carcerário, entram aquisições de bloqueadores de celulares em 12 unidades, de 23 scanners corporais, 433 tornozeleiras eletrônicas, 14 veículos-cela, além de equipamentos, armamentos e munições.
Recursos previstos:
- Nova unidade prisional: R$ 32 milhões
- Aparelhamento e modernização penitenciária: R$ 12.840 milhões
- Presídio de segurança máxima: R$ 40 milhões
- Bloqueadores de celulares: R$ 6,08 milhões
- Scanners corporais: R$ 2,9 milhões
- Tornozeleiras eletrônicas: R$ 3,2 milhões
- Veículos-cela: R$ 2,5 milhões
- Equipamentos, armamentos e munições: R$ 2,1 milhões

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