Com o diagnóstico precoce, medidas fazem doença demorar para aparecer.
Previsão é que teste, que tem baixo custo, chegue ao mercado em 5 anos.
Um sensor eletroquímico desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) ajuda a identificar o mal de Alzheimer ainda no começo. Com o diagnóstico precoce, é possível estimular o paciente a praticar atividades e, assim, fazer com que a doença demore mais para aparecer. A previsão é de que o novo teste chegue ao mercado daqui pelo menos 5 anos.
O exame é como se fosse um hemograma de rotina, mas a diferença está no tipo de teste. No laboratório, os cientistas isolam uma proteína chamada Adam10, que todos têm no sangue. Alterações nela podem indicar a presença do Alzheimer.
Diagnóstico em 30 minutos
Para isso, o grupo criou o sensor eletroquímico com anticorpos. O adesivo identifica a quantidade das proteínas na corrente sanguínea. Um programa de computador lê os dados e, em 30 minutos, mostra se o paciente tem a doença. “Quanto mais alteração na proteína, maior o avanço da doença. Essa foi a relação direta que a gente encontrou nesses resultados”, disse a professora de gerontologia da UFSCar Márcia Cominetti.
A doença
O Alzheimer é degenerativo e não tem cura. Ele provoca a morte das células do sistema nervoso - os neurônios. Um dos sintomas é a perda progressiva da memória. Em todo o país R$ 1,2 milhão de pessoas têm a doença, segundo a Associação Brasileira de Alzheimer.
Um dos desafios está no diagnóstico, hoje feito com base nos sintomas informados pelo paciente e pela família, mas nem sempre é possível ter certeza. Exames de imagem - como a ressonância magnética - complementam o resultado, mas geralmente só identificam o problema quando o cérebro apresenta lesões.
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