terça-feira, 8 de maio de 2012

(Via JNH) Força-tarefa quer reduzir em 20% os índices de homicídios na Região Metropolitana


Efetivo da Brigada Militar terá um acréscimo de 200 Pms; na Polícia Civil serão 60

Redentora  - O secretário da Segurança Pública, Airton Michels, anunciou em entrevista coletiva, nesta terça-feira, detalhes da força-tarefa que tem como objetivo reduzir em 20% os crimes de homicídios na Região Metropolitana de Porto Alegre. Para isso, o efetivo da Brigada Militar terá um acréscimo de 200 policiais militares deslocados da regiões Metade Sul e Missões. "As cidades de onde eles foram retirados não sofrerão nenhum prejuízo no policiamento. Os que virão representam de 1 a 2% do efetivo de cada município", destacou Michels. 

A Polícia Civil terá um acréscimo de 60 policiais, que serão distribuídos na Região Metropolitana para reforçar os trabalhos de investigação. "A Polícia Civil e a Brigada Militar irão trabalhar de forma integrada e com dedicação exclusiva para reduzir os homicídios", afirmou. De acordo com o secretário, existe uma histórica má distribuição dos policiais civis e militares no Estado. "Em algumas cidades, o efetivo policial é o dobro se comparado às cidades com igual população", ressaltou o titular da Secretaria de Segurança Pública (SSP). 

A criação da força-tarefa surgiu após reuniões entre a SSP, Chefia de Polícia e Comando da Brigada Militar, durante o primeiro trimestre de 2012, quando os índices de homicídio apresentaram uma elevação em torno de 20%.  O fenômeno na alta do número de assassinatos também ocorre em outros Estados brasileiros. Em São Paulo, por exemplo, no primeiro trimestre foi registrado um aumento de 14% nos homicídios da Capital. 

Os 200 policiais militares chegam à Capital, nesta quarta-feira, às 14h30, na Academia de Polícia Militar. Após dois dias de treinamento e reciclagem em técnicas de abordagem, patrulhamento, instrução de tiro, direitos humanos, entre outros áreas, os PMs serão distribuídos nas cidades de Alvorada, Viamão, Cachoeirinha, Gravataí e Porto Alegre. Serão 125 policiais militares na Região Metropolitana e 75 na Capital. A ação deverá durar dois meses e serão aplicados de R$ 720 mil para o pagamento adiantado de diárias. Existe a possibilidade de prorrogação da força-tarefa, por igual período, se o resultado esperado não for atingido. 

Durante quatro meses,os 60 policiais civis destacados atuarão nas cidades de Porto Alegre, Guaíba, Canoas, Alvorada, Viamão, Gravataí, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Caxias do Sul, Passo Fundo e Pelotas. "Vamos envolver todas os municípios da Região Metropolitana, que representam 65% dos homicídios do Estado. Nossa ideia é aprofundar as investigações desses crimes", afirmou o delegado Ranolfo Vieira Júnior. Uma verba de R$ 640 mil será aplicada nos custos desse trabalho. 

Em cada cidade, uma delegacia de polícia cuidará exclusivamente dos homicídios. Os policiais da força-tarefa farão as atividades cartorárias da DP para os policiais já lotados e que conhecem as especificidades locais possam realizar operações e cumprir mandados de busca e realizar prisões. Para suprir a deficiência de efetivo, após o período da força-tarefa, essas cidades devem receber parte dos 800 novos agentes da Polícia Civil que atualmente encontram-se em formação. 

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