quinta-feira, 17 de maio de 2012

CPMI do Cachoeira

Aprovadas quebras de sigilo dos envolvidos e sequestro de bens de Cachoeira
 
Entre os diversos requerimentos aprovados pelos parlamentares também está a quebra de sigilo de 17 empresas e a convocação de mais de 50 pessoas para depor.

A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do Cachoeira aprovou a quebra dos sigilos bancário,  fiscal e telefônico de 36 pessoas envolvidas nos negócios de Carlos Cachoeira. Também foi aprovado o sequestro dos bens do empresário e a quebra de sigilo de 17 empresas relacionadas, entre elas a Brava Construções e a Alberto&Pantoja, apontadas como empresas de fachada utilizadas para a lavagem de dinheiro, e a própria Vitapan, empresa farmacêutica do empresário.

O grupo parlamentar esteve reunido desde as 10h da manhã desta quinta-feira, 17, a fim de apreciar 235 requerimentos apresentados em relação às investigações. Entre as pessoas que terão seus sigilos quebrados estão o ex-diretor da Delta no Centro-Oeste, Claudio Abreu e Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, ex-sargento da Aeronáutica, apontado como informante e braço direito de Cachoeira. Todos os envolvidos serão checados sobre a possibilidade da existência de contas bancárias no exterior e alguns deles poderão ter analisadas suas transações atípicas (feitas em montantes incompatíveis à renda).

Os sigilos em relação à empresa Delta também serão quebrados em quatro Estados onde a construtora atua: Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal. Nas outras regiões, o relator da CPMI deputado Odair Cunha (PT-MG) alegou que não há indícios de envolvimento no esquema de Carlos Cachoeira. Entretanto, alguns deputados questionaram a decisão, alegando que o procedimento seria necessário ainda na matriz da empresa, em São Paulo.
Convocações

Entre os requerimentos aprovados também está a convocação de 51 pessoas para prestarem depoimentos na comissão (alguns deles também estão entre os que terão sigilos quebrados). As análises da CPMI continuam nos próximos dias, de modo que outros nomes também poderão entrar nesta lista. A princípio, foram convocados familiares de Cachoeira, como sua ex-mulher Andréa Aprígio e seu pai Sebastião de Almeida Ramos, além de diversos integrantes do grupo, como o ex-vereador Wladimir Garcês, o tesoureiro Gleyb Ferreira da Cruz e o contador Giovani Pereira da Silva.

Foi aprovado ainda um pedido de transferência dos documentos sigilosos da Operação Saint Michel da Polícia Civil do Distrito Federal, deflagrada em 25 de abril como desdobramento da Operação Monte Carlo, além da anulação do sigilo das duas operações, que já havia sido aprovada no início da reunião da comissão. Entretanto, pouco depois das 14h, a reunião da CPMI foi encerrada com a decisão por adiar as outras votações, mesmo sem a definição sobre a convocação de políticos envolvidos, em específico os governadores, como Marconi Perillo (GO) e Agnelo Queiroz (DF).

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