sábado, 15 de novembro de 2014

"PRETEOU O OLHO DA GATEADA NOVAMENTE"! Com dinheiro bloqueado nas contas dos empresários executivos das maiores empreiteiras e algumas prisões a PF avança sobre as falcatruas na Petrobras.



Sede da PF 

                                  300 Policiais Federais participaram da operação Lava jato em sua 7ª fase


Em nova fase da  operação Lava Jato que investiga esquemas de lavagem e desvio de recursos públicos, a Polícia Federal realizou ontem, sexta-feira, 14/11/14, buscas contra empreiteiras e cumpriu diversos mandados de prisão ou de busca e apreensão contra executivos e outros investigados.  

A operação realizou mandados de busca e apreensões e prisões de executivos e empresários nas sedes das empresas Camargo Corrêa, OAS, Odebrecht, UTC, Queiros Galvão, Engevix, Mendes Junior, Galvão Engenharia e Iesa, e segundo informações da PF as empresas envolvidas têm contratos de R$ 59 Bi com a empresa Petrobras. Essas empresas teriam somandos os contratos cerca de 59 bi considerados os anos de 2003 a 2014. 

O ex-diretor de serviços Renato Duque, foi preso no Rio de Janeiro. 

Foram emitidos 27 mandados de prisão preventiva e temporária, dos quais, a maioria já foi cumprido. 

Foram bloqueados 720 milhões dos executivos investigados, até o limite de 20 milhões por pessoa. Não houve bloqueio das contas das empresas para não prejudicar a saúde financeira delas. 

Ao todo 300 policiais participaram da operação que ocorreu em São Paulo, Paraná, Pernanbuco, Rio, Distrito Federal e Minas. Em São Paulo foram cumpridos 27 Mandados de Busca, 17 de Prisão e 9 de condução coercitiva. 

Segundo a PF, os envolvidos responderão  na medida de suas participações, pelos crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e Lavagem de dinheiro.

Para quem preteou o olho da gateada?

As prisões atingem a cúpula das empreiteiras.  Vamos lá então:

Prisões -
Empresários Presos pela PF: 

O presidente e também o diretor-superintendente da área de petróleo e gás da Empreiteira OAS.

O presidente da UTC e o vice da empreiteira Engevix

Outro empresário, diretor-técnico da Engevix, foi preso no aeroporto de Recife quando embarcava para São Paulo.    

A polícia procura ainda a localização do lobista Fernando Soares,  conhecido como Fernando Baiano, Ele é apontaod como ponto de ligação entre políticos e o esquema de corrupção na Petrobras. Seu nome entrou nesta sexta na lista de procurados pela Interpol, e do sistema nacional de procurados e impedidos. 

Mais prisões - 

A seguir, saiba quais são as empreiteiras na mira da PF – e do que são suspeitas.

Odebrecht
O grupo presidido por Marcelo Odebrecht é um dos principais alvos desta etapa da operação. O delator do petrolão diz ter recebido 23 milhões de dólares na Suíça, repassados pela Odebrecht, como pagamento de propina. Uma das sedes do conglomerado foi alvo dos policiais no Rio de Janeiro.

Camargo Corrêa
Foi o primeiro conglomerado atingido pela Operação Lava Jato. A polícia rastreou pagamentos da empreiteira para a Sanko Sider, que depois enviou recursos para uma das empresas de fachada do doleiro. De acordo com as investigações, o dinheiro era pagamento de propina por obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Foram expedidos mandados de prisão contra os executivos Dalton dos Santos Avancini, João Ricardo Auler e Eduardo Hermelino Leite.

Iesa
Otto Garrido Sparenberg, diretor da Iesa, foi um dos presos da Polícia Federal nesta etapa da operação. A companhia fez depósitos às empresas de fachadas controladas por Youssef e aparece como responsável por doações de campanha em tabela apreendida na casa do ex-diretor Paulo Roberto Costa. Em depoimento, ele disse que as doações eram destinadas à campanha do senador Lindbergh Farias (PT) ao Governo do Rio de Janeiro. Também foi expedido mandado contra Valdir Lima Carreiro.

Galvão Engenharia
A companhia fez depósitos às empresas de fachadas controladas por Youssef. Em depoimento, ele disse que as doações eram destinadas à campanha do senador Lindbergh Farias (PT) ao governo do Rio de Janeiro. Erton Fonseca, diretor da Galvão Engenharia, foi um dos presos nesta sexta.

Mendes Júnior
O vice-presidente do grupo, Sérgio Mendes Júnior, foi um dos presos na operação. A empreiteira fechou contratos fictícios com empresas de fachada do doleiro Youssef. Eram, de acordo com as investigações, pagamento de propinas pela obtenção de contratos com a estatal. 

Engevix
O grupo fechou contratos fictícios com empresas de fachada do doleiro Youssef. Eram, de acordo com as investigações, pagamento de propinas pela obtenção de contratos com a estatal. Há mandado de prisão contra o executivo Gerson de Mello Almada. 

Queiroz Galvão
Othon Zanoide Morais, diretor da Queiroz Galvão, foi um dos presos nesta etapa da operação. Executivos da empresa mantinham contato constante com o doleiro Alberto Youssef. Há mandados contra Othon Zanoide de Moraes Filho e Ildefonso Colares Filho. 

UTC
O presidente e sócio da UTC, Ricardo Pessoa, foi um dos presos nesta sexta-feira. Ele mantinha contatos constantes com o doleiro Alberto Youssef, em que delegava ao operador diversas tarefas. Da empreiteira, há mandados também contra Ednaldo Alves da Silva e Walmir Pinheiro Santana.

OAS
Cinco executivos são alvos de mandados de prisão: Mateus Coutinho de Sá Oliveira, Alexandre Portela Barbosa, José Ricardo Breghirolli, Agenor Franklin Martins e José Adelmário Pinheiro Filho. A empresa fez diversos pagamentos a empresas de fachadas do doleiro, destinados ao pagamento de propina, de acordo com a polícia.
A operação teve início ontem por volta de 06h20 quando cerca de 12 policiais federais entraram na sede da empresa Camargo correa em São Paulo.  

Renato Duque, ex-diretor de serviços da Petrobras, foi preso no Rio


                                            PF divulga 7° balanço da operação Lava Jato

Ainda não haviam sido encontrados e estão sendo procurados 

Também são alvos de mandados de prisão José Adelmário Pinheiro Filho, presidente da OAS, Rogerio Araujo, diretor da Odebrecht, Adarico Negromonte, irmão do ex-ministro Mário Negromonte, responsável pela entrega de dinheiro, e o lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano acusado de distribuir  8 milhões de dólares em propina a diretoria internacional da Petrobras, é supostamente apontado como operador de um determinado partido no esquema. "Todos os investigados que não foram localizados já foram registrados no sistema de procurados e estão impedidos de deixar o país", informou o delegado da PF Igor Romario de Paula. Segundo ele, a inclusão desses nomes no alerta vermelho da Interpol está sendo providenciada.

A ordem de prisão de Duque foi decretada a partir de informações prestadas nos depoimentos de Paulo Roberto, do doleiro Alberto Youssef e dos empresários Augusto Mendonça e Júlio Camargo. 

Ainda segundo o ex-diretor da Petrobras, Vaccari Netto negociava diretamente com Renato Duque. O ex-diretor da Petrobras foi preso em seu apartamento, na Barra da Tijuca.  A prisão de Renato Duque é temporária – com duração de cinco dias, em princípio, a exemplo da primeira detenção do também ex-diretor Paulo Roberto Costa, em março passado. 

De acordo com as investigações, Costa e Youssef organizaram um esquema de desvio de recursos da estatal para enriquecimento próprio e para abastecer o bolso de políticos e partidos da base aliada. Isso era feito com a assinatura de contratos fictícios, simulando a prestação de serviços entre empresas de fachada e as empreiteiras envolvidas, sempre com a finalidade de dar aparência legítima ao dinheiro desviado. 

Supõe-se que alguns desses novos passos dados pela PF seja decorrente de depoimento do ex-diretor Paulo Roberto Costa que apontou diversas autoridades, entre elas pelo menos três governadores, um ministro, seis senadores, 25 deputados federais e três partidos políticos . É claro que a PF estará pronta para separar o joio do trigo, não há a menor dúvida disso. Faltam agora confirmar os reais beneficiados pelas verbas desviadas. Segundo informações divulgadas na imprensa, eles recebiam 3% de comissão sobre o valor de contratos da petrolífera, de acordo com os depoimentos de Costa prestados no acordo de delação premiada.  


Ainda falta o depoimento de Alberto  Yousef, que foi adiado! 


Os procedimentos realizados pela PF trarão novos desdobramentos no campo políticos, por exemplo, a Presidenta Dilma, disse por diversas vezes que as apurações deveriam seguir de maneira profunda e "doa a quem doer" e isto é exatamente o que está acontecendo.  

Esta falcatrua "é da grossa" como dizemos aqui no sul. Alguns políticos mais radicais e oportunistas irão conjecturar e provocar ilações mas a PF deve realizar uma conclusão muito boa dos fatos que se sobrepõe às notícias de jornalistas entusiastas. Vamos continuar a acompanhar o desenrolar dos fatos. 
              Em nova fased da operação 

Nenhum comentário:

Postar um comentário