sábado, 14 de abril de 2012

Dados de geolocalização são compartilhados por 58% dos donos de smartphones

Usuários dizem ficar preocupados com a possibilidade de uso indevido das informações

 
Dados de geolocalização são compartilhados por 58% dos donos de smartphones Arte sobre foto de Ronaldo Bernardi /
Você sabe como são os dados de localização que você compartilha publicamente?
Foto: Arte sobre foto de Ronaldo Bernardi

Aplicativos de geolocalização podem ajudá-lo a encontrar dicas sobre a sua cidade, descobrir o melhor prato de um restaurante ou mesmo saber onde estão seus amigos. Se usar um como o Foursquare, pode ainda ganhar descontos em estabelecimentos comerciais e disputar pontos em um game virtual. Para muitos, é um recurso divertido e útil que chegou com a evolução dos smartphones. Para outros, é um risco desnecessário.
Uma pesquisa realizada com mil pessoas nos Estados Unidos encontrou resultados paradoxais: enquanto 58% afirmam usar aplicativos de geolocalização, 24% dizem sentir-se incomodados com o fato de seus dados serem usados por teceiros, como agências de propaganda. Outros 24% disseram estar preocupados com o que estranhos podem ver, enquanto outros 21% se preocupam com a segurança pessoal. Os dados são da ISACA, uma associação internacional sobre segurança da informação sem fins lucrativas.
Um dos usos mais comuns em smartphones, tablets e notebooks é buscar instruções em aplicativos como o Google Maps para encontrar endereços. Entre os pesquisados, 59% disseram usar os serviços com esta finalidade. Pouco menos da metade, 44%, declarou incluir dados de localização ao compartilhar fotos em redes sociais, sites de namoro ou apps específicos como Facebook e Instagram.
Se você é daqueles que não lê os termos de uso dos aplicativos, não está sozinho: 43% dos pesquisados também ignora o documento. Entre os que se dedicam à leitura, 25% declaram que o texto não costuma ser claro sobre as formas como os dados serão usados.
As informações da pesquisa servem como alerta: com tantos outros dados tornados públicos, como gênero e situação financeira, a divulgação da localização — especialmente de forma involuntária — pode significar um risco.
Um exemplo de uso questionável é feito pelo aplicativo Girls Around Me, que permaneceu na loja da Apple até chamar a atenção recentemente e o próprio criador decidir remover o serviço. O que ele fazia? Capturava dados de mulheres que compartilhavam voluntariamente — mas talvez sem perceber os riscos — a própria localização, colocando-as em um mapa, com fotos. O usuário tinha à sua disposição um radar de mulheres. Na verdade, o recurso não violava nenhuma regra dos serviços, mas gerou um alerta vermelho aos usuários. Você sabe quem está vendo os dados que você compartilha nestes serviços?

Onde você está?
Os dois sites de redes sociais mais populares no Brasil compartilham dados de geolocalização de seus usuários. Você pode mudar estas configurações:


No Facebook, a cada atualização de status é possível definir o seu local. Preste atenção ao compartilhar fotos ou outro tipo de conteúdo e, se não quiser informar, clique no X para remover o nome da cidade.

No Twitter, você deve entrar em Settings para verificar como está sua configuração de compartilhamento de geolocalização. Se o item "Tweet Location" estiver marcado, todos os seus posts divulgarão o local onde você está. Desmarque esta opção se não quiser compartilhar

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