A problemática da segurança pública tornou-se bandeira da Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB-RS). Além de realizar uma audiência pública
sobre o tema na tarde desta quinta-feira, em Porto Alegre, a entidade
lançou o comitê Cidadania pela Segurança. Com participação de
instituições da sociedade civil e de associações de bairro, o objetivo é
que o grupo elabore diretrizes para um plano permanente de segurança
pública governamental.
— Não podemos começar uma política de
segurança a cada quatro anos. Precisamos de uma política de Estado —
sintetizou o presidente do braço gaúcho da OAB, Ricardo Breier.
Líder nacional da Ordem, o gaúcho Claudio Lamachia anunciou que a iniciativa será estendida a todos os Estados.
—
Vamos ter um diagnóstico do Brasil sobre segurança e faremos as
proposições aos governos. Mas o certo é que passa pela priorização da
segurança a solução dos nossos problemas — disse Lamachia.
Vinte
uma pessoas, entre representantes de bairros, de sindicatos, ONGs, entre
outras entidades, usaram o microfone para dar relatos das suas
realidades e defender melhorias no combate à violência.
O governo
do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, e o secretário de Segurança
Pública, Wantuir Jacini, enviaram representantes ao encontro. Um deles
foi o comandante-geral da Brigada Militar, Alfeu Freitas. O coronel
ressaltou que a polícia está fazendo o seu trabalho, mesmo com falta de
infraestrutura, parcelamento de salários e criminosos aparelhados, que
confrontam os agentes todos os dias.
— Para nós, da BM, é
importante participar desse tipo de reunião para ouvir críticas e
sugestões, e também para ouvir aplausos. Porque o policial tá na rua, em
que pese as dificuldades que nós passamos — destacou o comandante.
Sub-chefe
da Polícia Civil, Leonel Carivali ressaltou que os investigadores têm
focado seu trabalho nos crimes contra a administração pública, que
refletem em violência urbana e sensação de impunidade. Por isso,
defendeu o aparelhamento das polícias e a nomeação de agentes.
— Segurança não é custo, é investimento. E investir em segurança é investir na sociedade — pontuou o Sub-chefe da PC, Delegado Carivali.
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